MÚSICA E CENSURA DURANTE A DITADURA CIVIL MILITAR BRASILEIRA (1964 – 1985)
Resumen
Este artigo tem por objetivo apresentar o trabalho dos pibidianos do curso de História, da Universidade Federal da Grande Dourados, junto à Escola Estadual Professora Floriana Lopes, localizada na cidade de Dourados (MS), sobre a censura musical na Ditadura Civil-Militar (1.964 – 1.985) ocorrida no Brasil. O principal foco do trabalho é apresentar e discutir o papel das músicas de protesto e as “cafonas”, consideradas assim por críticos e músicos do período, e entender a censura, por meio da interpretação e contextualização das letras, permitindo compreender a repreensão que sofriam no período. Este trabalho será realizado com a turma de Terceiro Ano do Ensino Médio. A metodologia é fundamentada na interdisciplinaridade com a disciplina de Língua Portuguesa, que permitirá a análise de estratégias utilizadas e discussão dos temas políticos e tabus, aula-oficina, pois possibilita ao aluno construir seu próprio conhecimento. A partir das discussões sobre a Ditadura Civil-Militar, as músicas foram selecionadas e consideramos: melodia, harmonia e letra, possibilitando o entendimento do contexto no qual as mesmas estavam inseridas. Em sala de aula, trabalharemos com as músicas discutidas em reunião de forma que o aluno compreenda o papel da música de protesto e cafona e aprenda a analisar os principais pontos (econômico, político e social). Para análise das músicas, os alunos terão acesso às letras, às melodias e, em alguns casos, os vetos dos censores. A terceira fase tem por objetivo confeccionar uma revista, os alunos serão divididos em grupos e deverão pesquisar e analisar músicas diferentes das apresentadas e temas como: Ato Institucional nº 5, Artistas e Censura, entre outros. Após as discussões e pesquisas os alunos escreverão artigos sob a orientação dos pibidianos. Como resultados parciais, observamos que ao discutir conteúdos com músicas, possibilita ao aluno um maior entendimento e desperta o interesse sobre o conteúdo discutido.