ANÁLISE SOBRE OS PROFESSORES BRASILEIROS: REPRESENTATIVIDADE E VALORIZAÇÃO EM QUESTÃO
Abstract
Este artigo expõe a caracterização dos professores brasileiros nos últimos anos, como a procura pela licenciatura, a divisão sexual e social do trabalho bem como a presença dos cursos por categoria administrativa, privada, municipal, estadual e federal. Parte-se de uma abordagem histórico-crítica em que se privilegia a análise sobre a dimensão formativa como unidade de compreensão do processo de profissionalização. Como a responsabilidade normativa pelas políticas de educação superior ficam à cargo da União, observa-se no texto que a convergência para projetos societários nem sempre são lineares. A concepção de educação para o trabalho (em um viés tecnicista com a preponderância de cursos de educação profissional ou tecnólogos) bem como a compreensão de educação como bem de consumo em detrimento de uma visão de educação como direito público universal são fatores latentes na consecução das políticas públicas educacionais. Outro fator relevante destacado neste texto é a massiva utilização das novas tecnologias como mecanismo de expansão do ensino a distancia. Alguns cursos são mais propensos a essa modalidade que outros e, até mesmo algumas disciplinas de cursos presenciais tendem a ficar na modalidade Educação a Distância - EaD, em virtude de “custo/beneficio”. Isso suscita reflexões sobre os benefícios e malefícios da mercantilização do ensino e as consequências disso no caso da formação de professores. A configuração de formação, muitas vezes aligeirada, no qual os candidatos à docência foram inseridos historicamente mantém relação direta com os moldes de escola e profissionais que exercem a função nos tempos atuais.
Palavras-chave: Formação docente. Representatividade. Investimento.