A CONSCIENTIZAÇÃO A RESPEITO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL, EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A PANDEMIA.
Resumo
As proposituras advindas da educação em direitos humanos e a valorização da situação peculiar de seres em desenvolvimento, ao qual propõe a legislação brasileira e os demais documentos que defendem o público infanto-juvenil, criou indagações a respeito da importância em discutir a inserção de crianças e jovens no mercado de trabalho. O isolamento social e as crises acarretadas pela pandemia permitiram considerar que os números de trabalhadores infantis aumentariam vertiginosamente no Brasil, estudos científicos demonstraram que esta projeção não estava equivocada, apontando para falta de políticas públicas eficazes, atendimento em rede e capacitação de equipe multiprofissional para combater a violência acometida com este público. Considerado que mitos envolvem a temática, este estudo se propôs a investigar os conceitos e tabus que possibilitam o uso de mão-de-obra infantil, as principais atividades desenvolvidas e faixas etárias suscetíveis aos riscos de preconização etária para o exercício laboral. A hipótese levantada é que a mistificação de que inserido no mercado de trabalho, crianças e adolescentes estariam salvaguardados dos riscos que acometem públicos em vulnerabilidade e a falta de conscientização da população a respeito dos problemas ocasionados para a saúde são responsáveis pela aceitação da população adulta. O estudo permitiu observar que os conceitos são antagônicos e que há uma separação entre os entrevistados pelo público de baixa renda, na qual a oferta de trabalho é irrecusável e as que teriam o direito de brincar, aprender e viver sua infância de maneira plena.