O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DURANTE E PÓS-PANDEMIA: percepção docente

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o processo de ensino e aprendizagem no período pandêmico e pós pandemia a partir da percepção de uma professora alfabetizadora. A opção metodológica adotada ampara-se na abordagem qualitativa, direcionada pela pesquisa bibliográfica e documental, tendo como campo empírico os dados coletados junto a uma professora alfabetizadora, obtida através da experiência e da vivência no entretempo observado. Buscou-se apreender nesse contexto como se dificultou a alfabetização e o ensino das crianças dos anos iniciais do ensino fundamental após o período de aulas remotas, visto que muitas das crianças não acompanhavam tais aulas ou não tinham meios de acompanhar. Os resultados da investigação revelam que as “atividades não presenciais” não supriram as necessidades dos alunos, devido a maioria não conseguir atingir os objetivos propostos, bem como a limitação de acesso as tecnologias necessários as aulas – horário e suporte as aulas, internet limitada manterem-se conectados durante todo o período de aula e a falta de meios tecnológicos para as famílias de baixa renda - e a grande dificuldade que os pais/responsáveis tinham em cumprir a função de mediadores educativos, assim, retornando as aulas com muita dificuldade na aprendizagem, principalmente em leitura e escrita, sendo necessário maior empenho de atividades extras de alfabetização para casa e em sala de aula. Em relação as tecnologias, os professores também apresentaram dificuldades, como por exemplo, a falta de formação adequada para uso dos recursos digitais. Concluímos que a desigualdade já antes identificada ganha novas proporções no período pandêmico, mas só percebidas no retorno presencial.