ARTE E FILOSOFIA COMO INTERCESSORES DA GEOGRAFIA: POSSIBILIDADES PARA PENSAR O ENSINO E A APRENDIZAGEM

Resumo

Este relato de experiência deriva de um estudo sobre a linguagem pictórica no ensino de Geografia e tem como principal referencial o pensamento filosófico de Deleuze, especificamente o conceito de intercessores, na perspectiva de movimentar e provocar o pensamento sobre o espaço na Geografia. Muitas das conexões teóricas aqui expostas foram fundamentadas nos estudos dos livros Pelo Espaço (MASSEY, 2008), Conversações (DELEUZE, 2013), e das obras de arte do MARCO (Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul). O objetivo é pensar a arte, aqui em específico a pintura, como linguagem e não como recurso, ou mera representação, exercitando as possibilidades que as potencialidades da linguagem pictórica proporcionam na construção de imaginações espaciais. Estas ideias foram trabalhadas por meio de experimentações no ensino básico como parte da pesquisa movimentando o pensamento acerca da docência através dos signos produzidos pela arte e, a partir disso, a criação de outras possíveis formas de se pensar as linguagens no ensino de Geografia. Na experimentação relatada neste trabalho, os estudantes foram submetidos ao estranhamento através da exposição de imagens de obras do MARCO, que possui obras muito alinhadas a questões sociais do estado de Mato Grosso do Sul, criando outras possibilidades de se pensar Geografia, ampliando suas imaginações acerca do espaço. As obras foram apresentadas juntamente com aspectos relevantes da biografia dos artistas plásticos que criaram as obras. A arte como intercessora da Geografia, golpeou a ideia do pensamento único, gerando outras maneiras de interpretação da espacialidade.