EDUCAÇÃO EMPÁTICA E INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
Resumo
O acesso e a permanência na escola são direitos garantidos pela Constituição Federal (1988) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) às pessoas com necessidades educacionais especiais, no entanto, acesso e permanência não são garantias de inclusão, de fato. É mister a comunidade escolar construa um ambiente pautado pelo respeito, pela socialização e pela solidariedade, que constituem a base da empatia, habilidade que permite que o sujeito sinta com o outro (HOFFMAN, 1989). Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo, divulgar o trabalho realizado durante as etapas do projeto de intervenção escolar denominado Empatia, realizado com a turma do 7° A de 2014, da Escola Estadual São Francisco, situada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul; projeto esse cuja metodologia se constituiu de apresentação de dificuldades a serem superadas pelos alunos e da proposição de vivência de situações consideradas rotineiras para os deficientes visuais. A justificativa para o trabalho realizado deveu-se ao fato de que no início de suas atividades como professora de apoio a alunos com necessidades educacionais especiais (AANEE), a autora deste artigo notou a falta de tolerância dos colegas para com a aluna que auxiliava, ocorrida em momentos de movimentação e de deslocamento. Salientamos que a referida aluna apresenta laudo de deficiência intelectual moderada e de baixa visão. Partindo dessa situação e visando promover a empatia entre os estudantes, foram-lhes propostas atividades motoras, de escrita e de vídeo que possibilitaram aos alunos sentir-se com e como o outro. Os resultados alcançados, demonstrados por meio de relatos de experiência produzidos pelos alunos, demonstram que o modelo de intervenção pedagógica escolhido foi eficaz, uma vez que promoveu aprendizado, percepção da alteridade e mudança de atitudes quanto ao respeito às diferenças.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Empatia. Intervenção.