FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O CONTEXTO FRONTEIRIÇO
Resumo
A formação docente para a atuação nas áreas territoriais de faixas de fronteira tornou-se campo de pesquisa. Uma das problemáticas discutidas nessa temática é como se desenvolve a formação desse docente para atuar com alunos de culturas e idiomas diferentes. Por meio de um recorte bibliográfico, através de Fedatto (1995), Santana (2018), Nascimento (2014), Pereira (2014), entre outros, buscou-se identificar como se dá o processo de formação docente de profissionais que atuam em contexto de fronteira e suas implicações na prática pedagógica. A discussão em torno da formação docente para a diversidade a fim de que estejam mais preparados para o contexto multicultural é recente. Fedatto (1995) situa que até a década de 1990, os cursos de formação de professores não enfatizavam a respeito de abordagens diferenciadas para se trabalhar em salas de aula em regiões de fronteira. Devido a essa realidade vem surgindo a necessidade da investigação por parte desses profissionais e por discentes dos cursos de licenciatura, uma vez que as escolas fronteiriças recebem alunos provenientes do país vizinho, que trazem consigo referências identitárias e culturais. Busca-se através do campo pedagógico e políticas públicas educacionais, contribuições para desenvolver soluções que tragam essas realidades para a práxis pedagógica. Uma dessas iniciativas foi a criação do Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF), que de acordo com Santana (2018) busca a inclusão desses alunos. Com essas iniciativas, a violência simbólica é sancionada. Em linhas gerais, o docente que teve uma formação deficitária interfere em sua ação pedagógica no sentido de levá-lo a reproduzir práticas preconceituosas e discriminatórias distanciando-se da perspectiva de inclusão dos alunos, sendo a prática pedagógica uma forma de aproximação e integração entre os povos.