O PROFESSOR E AS TIC NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA
Resumo
Apresentamos resultados de uma pesquisa em que buscamos confirmar o que aponta a literatura educacional, relativamente à resistência do professor frente às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), atribuindo à palavra “resistência” o sentido de não aceitação da mudança e do novo na prática pedagógica. Assim, tivemos como objetivo geral averiguar se há resistência por parte do professor para utilizar as TIC na escola, a este seguindo-se os específicos, que consistiram em: verificar se os professores conhecem e utilizam as TIC em sua prática pedagógica; diagnosticar os aspectos que dificultam a inserção das TIC no ensino e apontar possíveis contribuições dessas tecnologias para a prática docente; verificar, junto aos professores, as causas da (não) utilização das TIC em sala de aula como recurso pedagógico. Do ponto de vista metodológico, realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo, aplicando questionário a professores de nove escolas da Subsecretaria Regional de Educação, Cultura e Esporte da cidade de Rio Verde, Estado de Goiás. A análise dos dados privilegia referencial teórico sobre a implementação de tecnologias na educação. Desse modo, constatamos que a referida resistência existe no meio educacional investigado, confirmando o apontado pela literatura educacional há mais de uma década. Os sujeitos pesquisados, professores da rede estadual de ensino de Goiás, apontaram como possíveis causas da mesma: desconhecimento das TIC; falta de infraestrutura para utilizá-las na escola; falta de manutenção dos computadores e de assistência técnica; acesso irregular, e, principalmente, falta de formação continuada. O estudo deu margem às seguintes questões: a resistência do professor ao uso pedagógico das TIC existe, mesmo, por falta de formação continuada, entre outros fatores, como informaram os professores?