APRENDER É ENSINAR E ENSINAR É APRENDER – AÊA
Resumo
Como recém-graduado eu assumi turmas do ensino fundamental de uma escola particular. Após três meses todo o esforço foi destinado a conquistar os jovens estudantes. Depois, a vivência se demonstrou imprevisível. Ensinar configurava-se como um ato difícil e problemático. Desenvolvi uma filosofia própria, simples, inspirada num amálgama de educadores, professores estimulantes e de experiências pessoais. Minha filosofia representava a “face” de minha postura como professor, dos meus anseios e receios e de minhas capacidades. Essa filosofia se constituía num princípio de associação necessária entre vivência e ensino-aprendizagem. Orientado por esse princípio, desenvolvi o projeto que tinha como lema: “ensinando é que se aprende”. Dei até um nome razoavelmente formal: “Aprender é ensinar e ensinar é aprender” (AÊA). Dividido em categorias de trabalho e de estudo, tais como as narrativas (textuais ou imagéticas) e as performáticas (atuações), os discentes deveriam produzir maneiras de reproduzir aprendizados para outros estudantes. Nesse relato de experiência eu pretendo discorrer sobre como o meu projeto começou “aos trancos e barrancos”, foi remodelado a fim de adaptar-se a uma situação específica e própria da escola onde trabalhei e, finalmente, apresentou resultados satisfatórios, ainda que bem distantes de uma idealização prévia.