EXPERIÊNCIAS DOCENTE NO MESTRADO PROFISSIOINAL EM ENSINO DE HISTÓRIA – PROFHISTÓRIA
Resumo
O Mestrado Profissional em Ensino de História teve início em 2014, com a adesão de doze (12) núcleos. Em 2015 novo edital permitiu a criação de mais dezoito (18) novos Mestrados e dentre as propostas aprovadas estava a da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, implementado Unidade de Amambai, único em MS até o momento. Desde o início os docentes tem sido motivados a diversificar as metodologias para o ensino dos conteúdos das disciplinas que ministram. Como parte desse exercício procuramos mediar o processo genérico entre teoria, práxis e pesquisa na produção do conhecimento histórico, pois nossos mestrandos são professores da Educação Básica, na disciplina de história. Assim temos um “laboratório de práticas de ensino” disponível cotidianamente para interpretar, analisar e aprofundar os debates das questões que permeiam o ensino de história. Tais como a de explicar aos alunos por que estudar História, ou por que conhecer o passado se o mais importante é o presente? O que fazer para despertar a consciência histórica dos alunos, já que esta “[...] constitui-se mediante a operação, genérica e elementar da vida prática, do narrar, com a qual os homens orientam seu agir e sofrer no tempo” (RUSEN,2001, p.66), mas para os alunos da Educação Básica isso se configura como algo longínquo, quase inexistente. Estamos falando de um tempo que para eles se traduz sempre em presente, já que o passado é algo dado e morto, desvinculado de sua experiência de vida, portanto sem valor para a vida moderna. Na falta de um referencial histórico desde os primeiros anos escolares o aluno não se percebe como sujeito histórico passível de ações que contribuam para transformar a realidade em que vive. Estas e outras problemáticas tem sido apontadas pelos mestrandos quando das atividades nas disciplinas trabalhadas no Profhistória. Diante da situação o Mestrado Profissional tem incentivado pesquisas fundamentadas pela historiografia, documentos e relatos de experiências na Educação Básica em escolas públicas do estado de Mato Grosso do Sul e nas municipais. O exercício semanal, no Profhistória, que possibilita a articulação entre conhecimento cientifico e práticas docentes tem mostrado a importância do Programa para a formação e qualificação dos professores que atuam na Educação Básica, mas também que a integração entre Universidade e Sociedade, conhecimento acadêmico e saberes mobilizados, conteúdos curriculares e práticas docentes, devem ser o caminho para se repensar as condições de trabalho, as vias de possibilidades do diálogo entre poderes instituídos, a implementação de valorização dos profissionais enquanto sujeito histórico capacitado para a formação do “cidadão crítico” e a importância do conhecimento histórico para a promoção de políticas públicas, igualdade social, combate ao preconceito e a violência.