CURRÍCULO, CULTURA E TERRITÓRIO: articulações entre saberes tradicionais e políticas educacionais

Autores

Palavras-chave:

saberes tradicionais, educação ambiental crítica, currículo escolar, formação docente, justiça socioambiental

Resumo

RESUMO: a presença dos saberes tradicionais e da educação ambiental crítica no currículo escolar configura-se como um elemento essencial para o fortalecimento da diversidade epistêmica e para a construção de práticas educativas mais plurais, contextualizadas e socialmente comprometidas. Este relato de experiência com proposta pedagógica adota uma abordagem teórico-reflexiva, fundamentada em autores que discutem a decolonização do conhecimento, a interculturalidade e a justiça socioambiental. Por meio da análise de estudos e vivências profissionais das autoras o trabalho propõe sequências didáticas que articulam conteúdos escolares às expressões culturais, saberes ancestrais e práticas de cuidado com o território. A proposta enfatiza a formação docente como chave para a inclusão de tais saberes no cotidiano escolar, sugerindo alternativas metodológicas que favorecem o protagonismo comunitário, a escuta ativa e a interdisciplinaridade. Os resultados apontam para o potencial transformador da valorização dos territórios e suas epistemologias na construção de políticas educacionais mais equitativas. Conclui-se que a incorporação dos saberes tradicionais como eixo estruturante da prática pedagógica representa uma contribuição efetiva para os planos educacionais em âmbito nacional, estadual e municipal.

Biografia do Autor

Maricélia Moraes Ribeiro, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS - Campo Grande

Mestranda na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação. Pedagoga pela Universidade Católica Dom Bosco, especialista em Alfabetização e Letramento na Prática. Professora efetiva da REME de Campo Grande-MS. Secretária executiva do Grupo de Estudos e pesquisas de formação de professores , história e educação para as relações étinico-raciais (GEPPEHER/UEMS)

Bartolina Ramalho Catanante, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS - Campo Grande

Pós-doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2017); doutora (2008) e mestra (1999) em Educação pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCar; graduada em Pedagogia (1989) e especialista em História da América Latina (1994) pela UFMS; professora sênior da UEMS no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – curso de Mestrado Profissional em Educação (Profeduc); Líder do Grupo de Estudos e pesquisas de Formação de Professores, História e Educação para as Relações Étnico-raciais (GEPPEHER/UEMS), Presidenta do Grupo Trabalho e Estudos Zumbi TEZ; coordenadora do Projeto Olubayo-Cinema nas Comunidades Quilombolas.

Referências

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GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere: Volume 2 - Os intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

KILOMBA, Grada. Quem pode falar? Falando do centro, descolonizando o conhecimento. In: KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

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Publicado

2025-12-05

Como Citar

Moraes Ribeiro, M., & Ramalho Catanante, B. (2025). CURRÍCULO, CULTURA E TERRITÓRIO: articulações entre saberes tradicionais e políticas educacionais. ANAIS DO SEMINÁRIO FORMAÇÃO DOCENTE: INTERSECÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E ESCOLA, 6(06). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/seminarioformacaodocente/article/view/10604