POLÍTICA PÚBLICA DE ALFABETIZAÇÃO AO COMBATE DO FRACASSO ESCOLAR TENDO COMO REFERÊNCIA AS CLASSES DE ACELERAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Palavras-chave:
Alfabetização. Classes de Aceleração. Políticas públicas.Resumo
A questão da repetência e da reprovação é um assunto que vem na história educacional do país sendo alvo de muito estudo e discussões. Pois, o aluno, ao reprovar, acaba por se enquadrar dentro das estatísticas do fracasso escolar. A partir da década de 1980, as políticas públicas educacionais se alavancaram nas discussões a respeito do fracasso escolar, ou seja, propunha um ensino de melhor qualidade, colocando em pauta a exclusão, superação de preconceitos e defesa da escola para todos. Na busca de alternativas para reverter esse quadro do fracasso escolar na educação básica diversos municípios optaram pela implantação de Programas de Aceleração de Aprendizagem, uma política pública educacional direcionada aos alunos com defasagem idade/ano no processo de aprendizagem, possibilitando a todos a recuperação do tempo perdido em curto prazo. Objetiva-se através desta comunicação, discutir os programas de correção de fluxo inseridos no contexto socioeconômico, político e cultural da sociedade, ressaltando sua influência nas políticas educacionais de alfabetização implantadas no ensino básico buscando combater o fracasso escolar. Para a elaboração deste trabalho foram realizadas diversas leituras de textos bases sobre políticas educacionais, fracasso escolar, alfabetização na educação básica e aceleração de aprendizagem, os quais se pautaram no aporte teórico metodológico do Materialismo Histórico Dialético de Marx (2007) aprofundando-se nas concepções de Arroyo (2000); Azevedo (1997/2012); Cagliari (2007); Cury (1979); Gramsci (1991); Oliveira (2002); Parente e Lück (2004); Sampaio (2000); Saviani (1991); Setubal (2000); Slives (2011); Smith (1991) e Soares (2005). Os resultados apontaram que para concretizar uma proposta voltada ao sucesso desses alunos ditos “fracassados”, se faz importante o fortalecimento das instituições escolares, as quais articulam as múltiplas faces de seu funcionamento, desde a gestão democrática, como também, seu projeto educativo, seu relacionamento com o meio social, bem como cultural e econômico dos alunos.