VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA UNIVERSIDADE

UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DAS DISCENTES DA UEMS DE PARANAÍBA

Autores

  • Camila Alves de Mendonça Oliveira UEMS
  • Lucélia Tavares Guimarães UEMS - Paranaíba

Palavras-chave:

Universidade, Mulher, Violência de gênero

Resumo

O trabalho trata-se de uma apresentação de resultados sobre a experiência de um projeto de iniciação científica, realizado no ano de 2017, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, a fim de compreender como se deram as relações de gênero na Universidade, com base no currículo dos cursos e trajetória acadêmica, levando em consideração que a violência sofrida pelas acadêmicas era sútil, sendo tolerada e naturalizadas de tal maneira que as discentes nem se percebiam enquanto vítimas de violência de gênero. A pesquisa utilizou uma metodologia que consistiu em levantamento documental e aplicação de questionário para coleta de dados com as discentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Paranaíba e análise dos dados coletados utilizando o referencial teórico adotado: Saffioti, Bourdieu para explicar gênero e violência. Os resultados demonstraram fragilidade de compreensão do conceito de violência de gênero, bem como a naturalização da violência no ambiente universitário.

Biografia do Autor

Camila Alves de Mendonça Oliveira, UEMS

Especialista, mestranda, bolsista CAPES.

Lucélia Tavares Guimarães, UEMS - Paranaíba

Doutora PUC/SP, docente do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul/Unidade Universitária de Paranaíba e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação da UEMS/Unidade Universitária de Paranaíba

Referências

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S.A, 1989.

BRASIL. Secretaria de Políticas das Mulheres. Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília: DF, 2020.

CHAUÍ, M. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista Brasileira de Educação, n24, p.5-15, dez. 2003.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S.; FRANCO, F. M. de M.. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Objetiva : Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia, 2004.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. atlas da Violência. Brasília: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2016. 54 p.

ONU. Carta pelo fim do trote violento contra gênero e raça. Brasília: ONU; 2015. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/ wp-content/uploads/2015/02/carta_trotes.pdf. Acesso em: 15 abr. 2023.

PACHECO, J. A. Estudos curriculares: para a compreensão crítica da educação. Porto: Porto Editora, 2005.

SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

SAFFIOTI, H. I. B. Rearticulando gênero e classe social. In: COSTA, A.O. ; BRUSCHINI, C. (orgs.) Uma Questão de gênero. São Paulo ; Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

SAFFIOTI, H. I. B. Violência de gênero: lugar da práxis na construção da subjetividadade. Revista Lutas Sociais, São Paulo, n. 2, 1997.

SAFFIOTI, H. I. B. VARGAS, M. M. Mulher brasileira é assim. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos: NIPAS: Brasília, D.F.:UNICEF, 1994.

SAFFIOTI, H. I. B. Outros sexos? Outros gêneros? Unissexo? Unigênero?. Cadernos de Crítica Feminista. Ano III, n. 2 – dez/2009.

UNESCO. Violência de gênero em escolas impede milhões de alcançar potencial acadêmico. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/unesco-violencia-de-genero-em-escolas-impede-milhoes-de-alcancar-potencial-acad/>. Acesso em: 23 abr. 2023.

WOLFF, R. P. O ideal da universidade. São Paulo: Editora Unesp, 1993.

Downloads

Publicado

2023-11-21

Como Citar

Oliveira, C. A. de M., & Guimarães, L. T. (2023). VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA UNIVERSIDADE: UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DAS DISCENTES DA UEMS DE PARANAÍBA. ANAIS DO SCIENCULT, 9(1), 116–130. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/sciencult/article/view/9098