ALGUMAS CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES INGRESSANTES NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UEMS EM DOURADOS - MS SOBRE O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Palavras-chave:
Educação InfantilResumo
O brincar é uma linguagem infantil, um direito das crianças e um dos eixos norteadores das práticas pedagógicas nas instituições de Educação Infantil. O estudo teve como objetivo identificar concepções de algumas estudantes ingressantes no primeiro ano do curso de Pedagogia da UEMS, em Dourados - MS, sobre o brincar nas instituições de Educação Infantil. Investigamos as suas opiniões e conceitos sobre o brincar como prática pedagógica nas instituições educacionais e qual deve ser o papel de docentes em relação às brincadeiras. Para desenvolver a pesquisa utilizamos uma abordagem metodológica de natureza qualitativa e a coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais com quatro estudantes que estavam ingressando no curso de Pedagogia no ano letivo de 2019. Para embasamento teórico utilizamos legislações (BRASIL, 2009; 2017), documentos oficiais (BRASIL, 1998) e autores como Kishimoto (2010), Wajskop (1995), entre outros. As análises dos dados mostram que de certa maneira as estudantes valorizam a existência das brincadeiras nas instituições educativas, porém existe em suas falas concepções explícitas de escolarização precoce das crianças na Educação Infantil. Essas percepções colocam o brincar em segundo plano e nos aponta que será necessário ressaltar na formação inicial as contribuições das brincadeiras para as aprendizagens e desenvolvimento das crianças e como um eixo das práticas pedagógicas. Atribuem que cabe às famílias garantir condições para que as crianças aprendam e exercitem o brincar e, a maioria, afirma que docentes podem contribuir ensinando e ampliando o repertório de brincadeiras, mas foram nítidas algumas perspectivas de brincar como uma prática pedagógica que auxilie no desenvolvimento da coordenação motora e da memória para justificarem ser uma experiência presente nas instituições e algo que cabe ser planejado.
Referências
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