PAULO FREIRE E O PENSAMENTO DESCOLONIAL: um diálogo com as Artes Cênicas em sala de aula
Resumo
O presente trabalho consiste no diálogo que a autora estabelece entre a Pedagogia de Paulo Freire e a epistemologia descolonial desenvolvida por Walter Mignolo, trazendo para o campo das Artes Cênicas em seu relato de uma experiência com o PIBID/CNPq em seus primeiros anos de graduação. Em dezoito meses incluída no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, a graduanda pôde identificar, com seu olhar de (futura)docente-artista-pesquisadora, quais foram as diferenças para os processos de ensino-aprendizagem em dança para alunos e alunas do 7º ano, na cidade de Campo Grande-MS quando mediados e mediadas com reproduções dos códigos de dança pré-estabelecidos e impostos por um discurso hegemônico globalizante e quando mediados e mediadas por uma perspectiva outra de entender e evidenciar as biogeografias do aluno e da aluna para a experiência dessa linguagem em sala de aula. O estudo conta com as explanações de frustrações e potencialidades no ambiente escolar e como a Pedagogia do Oprimido e a proposta metodológica descolonial em diálogo proporcionam melhores possibilidades para a mediação de processos criativos dançantes para o alunado.