Mulheres na gestão escolar: preconceitos, discriminações, desafio e perspectivas.
Abstract
Este trabalho visa apresentar as discriminações, preconceitos e os desafios da mulher na gestão escolar. No decorrer da história do Brasil, a mulher vem ganhando forças nas lutas que busca o reconhecimento profissional. Através destas lutas defendia o direito a educação igualmente oferecida para os homens, porém tiveram que esperar até o final do século XIX para ver reconhecido o seu direito a educação, e muito tempo depois a possibilidade de ingressar em uma universidade. A expansão das mulheres na educação como docentes, denominando como a “feminização do magistério” passou por muitas críticas, considerando-as incapazes de realizar a função de professora, despreparadas, portadoras de cérebros poucos desenvolvidos. Para muitos, a mulheres com seus sentimentos de afeto seria um principal instrumento facilitador da aprendizagem, agregando na professora o papel de mãe. Portanto a função da mulher na educação era limitada apenas na sala de aula, sendo do homem a função administrativa da escola, a eles eram dirigidos qualquer questão que tivesse a necessidade de tomada de decisão. Tais discriminações relacionadas ao gênero e ao poder ainda estão presentes, com conceitos formados pelo senso comum, de que mulheres não têm capacidades para administração e tomada de decisões devido ao envolvimento de sentimentos afetivos, e não somente a razão no exercício dessa atividade. Para tanto foi utilizado uma pesquisa qualitativa, com abordagem etnográfica que visa compreender, na sua cotidianidade a realização do trabalho, foram escolhidas duas escolas pública no município de Fátima do Sul, e para melhor compreensão do desenvolvimento desta profissão participaram duas gestoras aposentada. Utilizamos com base teórica BOURDIEU (1999), CARVALHO (1992), LIBÂNEO (2008), PRIORE (2012) entre outros. O estudo concluiu que o preconceito ainda existe, e os desafios presente no cotidiano escolar.