ÍNDICE DE MORBIDADE DA SÍFILIS CONGÊNITA NAS MICRORREGIÕES DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL

Autores

  • Julia Ribeiro Roda Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Leandro Antero Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Sífilis Congênita, Índice de Morbidade, Epidemiologia

Resumo

 

Introdução: A sífilis, infecção causada pelo Treponema pallidum, constitui uma preocupação de saúde pública durante a gestação, devido aos riscos associados à transmissão vertical. O aumento das taxas de sífilis congênita (SC) na região Centro-Oeste, aliado às disparidades regionais identificadas no estado do Mato Grosso do Sul, sublinha a necessidade crucial de focalizar a atenção no índice de morbidade (IM) em microrregiões específicas do estado, assim como na efetividade dos cuidados pré-natais. Objetivo: Analisar o IM da SC nas microrregiões de saúde de Mato Grosso do Sul e a qualidade da assistência pré-natal. Metodologia: Estudo descritivo longitudinal. Para o índice de morbidade, foi utilizado o cálculo: A/B*100(A= n° de casos de SC em menores de um ano em determinado ano, segundo a cidade de residência; e B= n° de casos de sífilis em gestantes em determinado ano, segundo cidade de residência). Os dados coletados no período de 2010 a 2021 foram tabulados pelo sistema TABWIN e importados para o software JoinPoint Regressions Program versão 4.9.10. Foram calculadas a variação percentual anual (Annual Percentage Change - APC) e a variação percentual média anual (Average Annual Percent Change - AAPC). Resultados e Discussão: A microrregião de Corumbá apresentou tendência crescente no IM (APC = 18,6; p<0,05), sendo o ano de 2020 com maior IM do período desta microrregião (22,75), apesar da pandemia COVID-19. Nessa microrregião, a maioria das gestantes foram diagnosticadas no pré-natal (54,5%), não obstante, nenhuma recebeu tratamento adequado, revelando que o diagnóstico materno durante a gestação não foi oportuno para quebrar a cadeia de transmissão. A microrregião de Dourados apresentou menor número de gestantes que não realizaram pré-natal (52,2%), sendo 28,7% diagnosticadas nessa ocasião. Já a microrregião de Naviraí apresentou maior frequência das gestantes em realizar o pré-natal (87,7%), dentre as regiões analisadas, enquanto no país a taxa não passou de 82,9% no período. Conclusão: o estudo destacou diferentes IMs dentre as microrregiões de saúde, com destaque para Corumbá, que apresentou índice elevado ao no período avaliado, independente da COVID-19. Tais achados reforçam a importância de estratégias de prevenção e promoção para as Infecções Sexualmente Transmissíveis, como a sífilis.

Biografia do Autor

Julia Ribeiro Roda, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Autor, Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Leandro Antero, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Orientador, Prof. Adjunto do curso de Medicina e Psicologia, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Referências

Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Sífilis - Número Especial | Out. 2022. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.

Carvalho, T.A., Brito, M.J., Cabral, S.A., Carvalho, M.R., Santos, T.R., Silva, M.E., Holanda, D.A., Duarte, B.L., Cartaxo, L.D., & Fernandes, C.M. (2023). Sífilis congênita: principais fatores predisponentes para a transmissão da sífilis na gestação. Research, Society and Development.

Silveira, B. J., Rocha, B. P. C., Silveira, A. A. D., Fagundes, L. C., Silveira, A. V. D., Abreu, C. D. D., Sá, A. S. De, Rocha, W. N. F. (2020). Perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes em Minas Gerais, de 2013 a 2017. Revista Médica de Minas Gerais, 31(1), 1–7

Publicado

2024-07-25

Como Citar

Roda, J. R., & Antero, L. (2024). ÍNDICE DE MORBIDADE DA SÍFILIS CONGÊNITA NAS MICRORREGIÕES DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL. ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9703