DOS 4 AOS 5 ANOS: UM SALTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
Palabras clave:
Faixa etária G4 e G5, Arte na Educação Infantil, PIBIDResumen
Através da experiência no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), na EMEI Lúcia Ângela de Castro Costa, encaramos dentro das salas de aula uma perspectiva que resultou na criação desta reflexão, para argumentarmos e relacionarmos maneiras para não subestimar ou superestimar os alunos na Educação Infantil. O presente trabalho tem por objetivo discutir percepções de como é lidar, em sala de aula, com diferenças de comportamento e aprendizagem das crianças do Grupo 4 (G4) e do Grupo 5 (G5). A partir dessa discussão e das participações nas aulas da professora supervisora, propomos possibilidades para as aulas de Arte nas linguagens de Teatro e Dança, nessa fase da Educação Básica. Observando atentamente os diálogos, conteúdos e contextos trazidos pelas crianças no decorrer das aulas, percebemos uma certa “adultização”, visto que eles trazem, com frequência, termos, comportamentos e conhecimento de mídias inadequadas para a faixa etária. Quando iniciamos o contato com a escola e começamos a conviver com as crianças, iniciamos indagações ao notarmos tamanha mudança em apenas um ano de diferença, entre os alunos de 4 e 5 anos de idade, já sendo direcionados ao 1° ano do Ensino Fundamental. Estudando teorias sobre a aprendizagem (VYGOTSKY, 1934), fomos observando as relações entre os professores e os estudantes e entre os próprios estudantes, questionando sobre o que trazer para a prática nas aulas de Arte dessa faixa etária, para provocarmos atravessamentos nas relações, estabelecendo conexões entre o sensível e a construção histórico-cultural, do individual ao coletivo. Esse caminho nos levou à percepção sobre essa diferença de como um ano de idade representa passo tão grande, desenvolvido por diversos estímulos nessa fase e, principalmente, sobre como as trocas entre os personagens da comunidade escolar demonstram o que se espera de crianças de 4 ou de 5 anos. As nossas tentativas de regências, foram realizadas satisfatoriamente em uma sala e não em outra, ou seja, para o G4 funcionou, mas para o G5 não, ou viceversa. Dentro de sala, acompanhamos o desempenho e o desenvolvimento dos estudantes nas aulas de Arte; em ambas as salas há alunos que possuem transtorno do espectro autista (TEA) e notamos como a aprendizagem deles se torna diferente em relação aos outros alunos e entre eles, sendo bastante particularizada. Em relação ao todo, no G5 podemos notar como a socialização entre os estudantes se divide por gênero e como isso também acaba afetando algumas atividades, quando se trabalha, por exemplo, com quem não seja do “seu grupo”, diferentemente do G4, em que não vemos esse tipo de problema. Tendo em vista as vivências de cada aluno, seus interesses dentro de sala também acabam sendo diversos, num desenvolvimento muito sutil, mas perceptivo, de uma turma para outra: mesmo com apenas um ano a mais ou a menos, a forma como se expressam, como usam a linguagem, se torna muito diferente; há um avanço biológico e social mais evidente, inclusive em relação à compreensão de certas propostas, facilitando ou dificultando nosso processo nas aulas em que atuamos com regência.
Citas
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