A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO NA EMEI LÚCIA ÂNGELA DE CASTRO COSTA
Palavras-chave:
Acolhimento, Educação Infantil, PIBIDResumo
É indiscutível o poder do afeto na primeira infância, a importância do brincar e de criar ambientes que gerem autonomia para as crianças se desenvolverem. A arte e a criatividade se retroalimentam, possibilitando um imaginário de novas possibilidades de ver e ler o mundo (FREIRE, 1996). Neste breve texto, compartilhamos percepções das experiências vivenciadas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), nos meses de abril a agosto de 2023, na Escola Municipal de Educação Infantil Lúcia Ângela de Costa Castro, em Campo Grande/ MS, com crianças dos grupos 4 e 5 da Educação Infantil. Esta reflexão tem por objetivo identificar, por meio da observação em sala de aula, a importância do acolhimento nas aulas de Arte. Nosso foco é o acolhimento, que deve estar presente desde a estrutura física e pedagógica até nas relações de afeto que se estabelecem para que o trabalho na disciplina de Arte gere resultados sensíveis na vida das crianças. As observações aqui relatadas visam estimular discentes na caminhada de descoberta do universo escolar de maneira responsável e lúdica (HUIZINGA, 1980), percebendo o suporte necessário aos estudantes: o cenário que encontramos é acolhedor, pois a EMEI providenciou uma série de adaptações para recepcionar da melhor maneira que pensaram ser viável: encontramos salas amplas e arejadas, espaços iluminados e arborizados, assim como soluções de problemas como o terreno íngreme que foi paliativamente resolvido com contenção por meio de pneus. Tratando-se de uma unidade em área central do município, a EMEI Lúcia Ângela possui alunos que são levados à escola pelos pais que possuem condução própria, em sua grande maioria, implicando em corpos mais descansados do que aconteceria, caso se deslocassem através de transporte público; mesmo os que fazem uso desse tipo de transporte, por possuir paradas nas proximidades da escola, a fim de proporcionar maior acessibilidade, são beneficiados com uma infraestrutura privilegiada que não é encontrado na maioria das EMEIs. Nas aulas de Arte, área à qual somos vinculados, especificamente na linguagem do Teatro, as propostas focam majoritariamente no movimento do corpo e no desenvolvimento da improvisação e jogos (SPOLIN, 2017). As aulas se iniciam, formando-se uma roda para realizar o aquecimento e com o propósito de proporcionar interação entre colegas; em seguida, é feita a apreciação de obras como músicas ou pinturas de diferentes artistas, então uma prática corporal é iniciada, referente ao tema da obra fruída anteriormente; tais práticas então seriam um fundamento para uma última atividade, geralmente de Artes Visuais, para conclusão da aula. Esta rotina se mantém consistente, exceto por eventos previamente calculados - ou não -, e muitas das práticas são reforçadas em aulas consecutivas, a fim de proporcionar maior conexão cognitiva e afetiva com o conteúdo que lhes foi apresentado.
Referências
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