“COM QUE MATERIAIS PODEMOS MODELAR?”: ARTES VISUAIS COMO APOIO Á FORMAÇÃO INICIAL NO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Resumo

Neste momento de pandemia, as estudantes do Programa Residência Pedagógica do curso de Pedagogia/Dourados, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, protagonizaram experiências com crianças no formato síncrono, entre elas com dois irmãos (quatro e sete anos). O referencial teórico que direcionou o planejamento foi calcado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e em autores da área, que apontam as crianças como sujeitos de direitos que constroem identidade por meio da interação e brincadeiras. Sendo assim, garantiu-se experiências que promovessem o conhecimento das crianças sobre si/mundo e a imersão em
linguagens. A partir do exposto e, considerando a importância de favorecer que elas fizessem escolhas/descobertas, como metodologia, elaborou-se um projeto para que os irmãos investigassem possibilidades que amparassem a modelagem. Primeiramente, pesquisou-se escultores que esculpiam usando materialidades diversas- como Mascarenhas, Borowsky, Stagnaro; Vitalino, e Milhazes e enviamos às casas das crianças argila, papéis, plástico, sacos de pão, elementos naturais e massa colorida. A proposta ocorreu semanalmente, via Plataforma MEET. Discutiu-se sobre os artistas antes da proposição da criação. O processo de descobertas das crianças foi registrado em relatórios. Os irmãos foram investigadores: experimentaram, exploraram, pesquisaram, erraram e acertaram. As reações que estabeleceram com as materialidades foram diversas - como a de estranhamento provocado pela argila. Enquanto exploravam os materiais, as crianças cantarolavam, assobiavam, levantavam hipóteses sobre o que fariam e criavam histórias. Completaram as criações com lixa, tampas, faca, tesoura, tinta e palitos. As professoras em formação perceberam que aprenderam/descobriram junto às crianças. Constataram ser importante experimentar as materialidades, instigar e desafiar os meninos a utilizarem materiais que não tinham contato. Valorizam o processo jamais o produto. Aprenderam a planejar a partir da escuta e organizaram um planejamento flexível. Também ampliaram seu repertório cultural.