A LITERATURA ENGAJADA E FEMINISTA DE PATRÍCIA GALVÃO EM PARQUE INDUSTRIAL (1933)
Abstract
Este presente artigo tem como objetivo principal propor uma leitura e reflexão sobre o romance Parque Industrial (1933), publicado sob o pseudônimo de Mara Lobo – Patrícia Galvão (1910-1962), livro que explora e denuncia as más condições de trabalho de mulheres trabalhadoras na região do Brás, em São Paulo. O objetivo central deste estudo é perceber e destacar a importância do engajamento literário de Pagu e todas as questões de gênero, raça e classe exploradas. Para essa análise, me apoiarei em estudos que versem sobre as questões centradas no período Modernista brasileiro e engajamento da literatura, como BOSI (1936) e CANDIDO (2003) e apontamentos crítico feministas de BUTLER (2013), HEKMAN (2013) e HOOKS (2018). A obra foi classificada pela autora como romance proletário, justificando-se pela abordagem da temática central da vida de operárias e do sistema político e econômico vigente na época. Pagu se faz valer de seu posicionamento político e militante para dar voz a mulheres e publicar uma narrativa frente a seu tempo que traria questões que seriam pontuadas e teorizadas décadas depois.
Palavras-chave: Modernismo. Engajamento. Feminismo. Proletariado. Estudos culturais.
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