A INTENSIFICAÇÃO DO GOLIMUMABE NO TRATAMENTO DA RETOCOLITE ULCERATIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Giovana Moreira de Morais Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Gabriela de Freitas Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Magda dos Santos Pereira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Lorraine Malafaia Da Conceição Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Retocolite Ulcerativa, TTratamento Farmacológico, Doenças Inflamatórias Intestinais

Resumo

Introdução: A Retocolite Ulcerativa é classificada como uma doença inflamatória intestinal crônica a qual se caracteriza por um processo inflamatório recorrente que acomete principalmente a camada mucosa do cólon e o reto. A terapia imunobiológica é o tratamento indicado para aqueles que não apresentaram resposta satisfatória ao uso de corticóide e imunossupressores, de modo que, o Golimumabe, um anti-TNF-Alfa, tornou-se uma alternativa para a remissão e manutenção da remissão dos pacientes. Objetivo: Demonstrar através de uma revisão de literatura a eficácia da intensificação do golimumabe no tratamento da retocolite ulcerativa. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada através das bases eletrônicas, LILACS, MEDLINE e SciELO, por meio do portal regional da biblioteca virtual em saúde (BVS), com os descritores Retocolite ulcerativa, ulcerative colitis e Golimumab, e os operadores booleanos OR e AND. Como critério de inclusão: filtrados como ensaio clínico dos últimos cinco (5) anos, que possuíam acesso gratuito ao texto completo, nos idiomas inglês e português. Após aplicação dos filtros, foram encontrados 23 artigos na MEDLINE, 0 na LILACS e 0 na SciELO, dos quais 2 foram selecionados. Discussão: Em 2013, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou o tratamento para Retocolite Ulcerativa (RU) grave e moderada com golimumabe realizado em duas etapas: dose de indução e doses de manutenção. Indivíduos com menos de 80 kg recebiam doses de manutenção de 50 mg e os com mais de 80 kg, doses de 100 mg. Todavia, o ensaio clínico PURSUIT-M demonstrou que pacientes com peso corporal <80 kg que não responderam ao tratamento de indução se beneficiaram da otimização da dose de manutenção de 100 mg, ao invés de 50 mg, a partir da 6ª semana. Além disso, em aproximadamente 40% dos pacientes que tratam RU com golimumabe, há perda de resposta, de modo que um estudo realizado com 47 pacientes que perderam a resposta ao golimumabe mostrou que a intensificação terapêutica com o mesmo medicamento alcançou 50% de efetividade, tendo os pacientes recuperado a resposta após o processo. Conclusão: A intensificação do golimumabe para 100mg mostrou-se eficaz em pacientes que apresentavam perda ou ausência de resposta.

Biografia do Autor

Giovana Moreira de Morais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Autor; Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Gabriela de Freitas Oliveira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Coautor; Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Magda dos Santos Pereira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Coautor; Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Lorraine Malafaia Da Conceição, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Orientador, Docente do Curso de Medicina, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Referências

BOSSA, F. et al. Real-Life Effectiveness and Safety of Golimumab and Its Predictors of Response in Patients with Ulcerative Colitis. Digestive Diseases and Sciences, v. 65, p. 1767-1776, 2019.

FUMERY, M. et al. Effectiveness of golimumab intensification in ulcerative colitis: A multicentric prospective study. Alimentary Pharmacology & Therapeutics, v. 57, n. 11, p. 1290-1298, 2023.

PHILIP, G. et al. Early dose optimisation of golimumab in nonresponders to induction treatment for ulcerative colitis is effective and supported by pharmacokinetic data. Journal of Crohn's and Colitis, v. 13, n. 10, p. 1257-1264, 2019.

Publicado

2024-07-25

Como Citar

de Morais, G. M., Oliveira, G. de F., Pereira, M. dos S., & Da Conceição, L. M. (2024). A INTENSIFICAÇÃO DO GOLIMUMABE NO TRATAMENTO DA RETOCOLITE ULCERATIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9712