MANEJO INICIAL DA PANCREATITE AGUDA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Pancreatite aguda, Terapêutica, GastroenterologiaResumo
Introdução: A Pancreatite Aguda (PA) é definida por um processo inflamatório do parênquima pancreático sendo desencadeada por inúmeros fatores, porém, os mecanismos fisiopatológicos que justificam a instalação do quadro inflamatório ainda não foram totalmente elucidados, o que dificulta o manejo dos pacientes. Desse modo, diversos estudos vêm sendo realizados para investigar as formas de tratamento inicial da pancreatite. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo construir uma revisão integrativa de literatura sobre manejo inicial da pancreatite aguda. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed/Medline e Cochrane, utilizando as palavras-chave posteriormente ditas. Foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos com texto completo disponível, com assunto principal a pancreatite aguda, possíveis complicações e tratamento, no período de 2019 a 2024. Acerca dos critérios de exclusão, ficaram estabelecidos: artigos fora da data visada, produções que fogem ao tema ou que não apresentaram complicações da pancreatite aguda, ou então, que apresentavam outras formas de dor abdominal divergente de pancreatite. Discussão: De acordo com a literatura, o manejo inicial da PA é composto por medidas de suporte: reposição de fluidos, nutrição, analgesia e contraindicação para antibioticoterapia profilática. Reposição de fluidos: representa a conduta inicial frente à PA a fim de evitar choque hipovolêmico. Os estudos comprovaram maior eficácia no uso de Ringer Lactato (RL) em velocidade moderada de infusão. Nutrição: o atraso no início da nutrição de pacientes com pancreatite aguda está relacionado com processos como falência intestinal e translocação bacteriana. O início precoce da alimentação, por demanda espontânea, é recomendado pelas literaturas atuais, demonstrando vantagens em relação ao tempo de permanência hospitalar. Acerca da nutrição enteral, esta deve ser considerada se a dieta oral não for retomada dentro de três dias. Manejo da dor: utiliza-se a abordagem multimodal com paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), metamizol/dipirona, opiáceos, analgesia epidural e quetamina. Antibioticoterapia profilática: as diretrizes desaconselham o uso de antibióticos profiláticos, uma vez que não há benefício claro. Conclusão: A condução de estudos adicionais é essencial para a construção de um consenso mais claro e cientificamente embasado no que tange ao manejo inicial da pancreatite aguda.
Referências
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