REDE DE PESQUISA PARA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE COTAS E AÇÕES AFIRMATIVAS PARA NEGROS E INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA

Resumo

Resumo
No ensino superior brasileiro, em se tratando da graduação, a implantação de ação afirmativa é recente, ainda que o preconceito e a discriminação etnicorracial sejam mais antigos que o Estado-nação, pois constituíam o fundamento jurídico da divisão do trabalho que sustentava o sistema colonial e a economia da nação independente. Após a Conferência de Durban que recomenda a adoção de medidas compensatórias e reparatórias no Brasil foram criadas e implementadas as Políticas de Ação Afirmativa, dentre elas as cotas para acesso de negros e indígenas ao ensino superior. Algumas universidades tomaram a dianteira nesse processo, dentre elas a Universidade Estadual da Bahia UNEB em 2002, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS em 2002/2003, a Universidade de Brasília – UNB em 2003 e a Universidade Federal da Bahia – UFBA em 2004, e, que em 2010 diante das poucas análises para medir o impacto das políticas das ações afirmativas nas universidades públicas no Brasil, propuseram a formação de uma rede de pesquisadores em defesa da consolidação do sistema de cotas e das ações afirmativas para negros e indígenas. O projeto tem financiamento da Fundação Ford e tem como metas o mapeamento dos pesquisadores e produção acadêmica sobre sistema de cotas e ações afirmativas em nível nacional; definição de macro indicadores de avaliação do sistema de cotas; criação de um site para veiculação das informações e dados da rede; encontro de pesquisadores da rede e publicação de 2 livros com análises comparativas entre essas universidades e outras convidadas para a rede.