DIFRATOMETRIA DE RAIOS X EM PÓ NA CARACTERIZAÇÃO DE COMPLEXOS METÁLICOS

Autores

  • Estefane Isis Teixeira UEMS
  • Daniela C. M. Rodrigues
  • Maria A. Zaghete
  • Alberto A. Cavalheiro
  • Ademir dos Anjos

Resumo

A síntese de complexos metálicos utilizando ligantes naturais bioativos é de grande interesse face às potencialidades farmacológicas que estes compostos podem apresentar. Entretanto, é de  suma  importância  que  se  faça  uma caracterização  estrutural  adequada  dos  complexos metálicos  obtidos  a partir da  coordenação  com  os  ligantes  naturais,  uma  vez  que  essas informações são  necessárias  para  a  compreensão  das  propriedades  farmacológicas  que os compostos venham a apresentar (princípios ativos, mecanismo de ação, entre outros.). Nesse sentido,  uma  grande  dificuldade  encontrada  é  a obtenção  de  monocristais  adequados  a resolução  das  estruturas cristalográficas  por  difratometria  de  raios  X,  o  que  é  fortemente influenciado  pela  estabilidade  dos  compostos  naturais.  Entre  as  técnicas de  difração,  uma alternativa pode ser a difratometria de raios X em pó, embora  pouco empregada nos estudos envolvendo  complexos  metálicos. Neste  trabalho  é  apresentado  o  estudo  cristalográfico  do ligante  natural lapachol  e  seus  respectivos  complexos  metálicos  contendo  íons  prata(I) e lantânio(III), através de difratometria de raios X em pó, sendo feita uma comparação com o ponto  de  fusão  dos  compostos  obtidos.  Os  pontos  de fusão  encontrados  são  bem  distintos entre o ligante livre e os complexos, o que indica que ocorreu a coordenação do lapachol aos íons metálicos Ag(I) e La(III). Os estudos cristalográficos via difratometria de raios X em pó, também apresentam  indícios da coordenação uma vez que mostraram picos atribuídos tanto ao  ligante  natural  quanto  aos  respectivos  íons  metálicos.  O refinamento  pelo  método  de Rietveld  na  fase  triclínica  do  lapachol  obtido neste  trabalho,  apresentou  resultados compatíveis com  os da literatura, sendo  possível constatar que as estruturas são ligeiramente diferentes.  Os parâmetros  de  rede  e  os  ângulos  da  célula  unitária  que  podem  ser extraídos, comprovam  que  a  técnica  pode  ser  utilizada  como  ferramenta auxiliar  na  caracterização  da formação de complexos metálicos.

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Publicado

2015-02-12

Como Citar

Teixeira, E. I., Rodrigues, D. C. M., Zaghete, M. A., Cavalheiro, A. A., & dos Anjos, A. (2015). DIFRATOMETRIA DE RAIOS X EM PÓ NA CARACTERIZAÇÃO DE COMPLEXOS METÁLICOS. ANAIS DO ENIC, (6). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/enic/article/view/2353

Edição

Seção

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

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