EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO EM ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Palavras-chave:
Finanças Pessoais, Políticas Públicas, Educação EscolarResumo
É notório, no senso comum, que o acesso à educação, quando se trata de conceitos de finanças em geral, no Brasil é precária. Menos da metade da população faz uso de métodos de controle, gestão, previsão, planejamento ou uso de anotações específicas que possam ser consultadas posteriormente desenvolvendo esses os princípios básicos de uma boa gestão financeira. Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que 1⁄3 (um terço) da população brasileira faz algum tipo de investimento, que são alocados nos diferentes tipos de investimento ofertados pelas instituições financeiras (Fundos de Investimentos, Fundo Multimercado, Fundos Imobiliários, Ações, Letra de Crédito Imobiliário, Letra de Crédito do Agronegócio, Tesouro Direto). Entretanto, o mesmo resultado demonstrou que a maior parte recorreu à poupança. Sendo assim, o presente resumo desperta a seguinte indagação: Esse baixo índice de investimento por parte da população ocorre por falta de interesse dos mesmos? Ou ocorre pela falta de incentivos ou conhecimentos de sua aplicabilidade na gestão de suas finanças? Todavia, está arraigado em nossa cultura a aversão ao ato de poupar o dinheiro, impulsionado pelo consumo da qualidade e bem estar de vida do indivíduo a curto prazo, ratificando o entendimento de que as crenças limitantes da sociedade contemporânea estão voltadas ao contexto econômico, que consequentemente repercute nas questões sociais e educacionais. Com isso, ao ouvirmos constantemente, que o primordial esteja ligado diretamente ao consumo de subsistência, ocorre inconscientemente o entendimento deste pressuposto como verdadeiro. O presente resumo tem como objetivo, fornecer informações que comprovam de que forma a educação financeira, sendo desenvolvida como metodologia educacional, desde o início da formação escolar, pode produzir resultados satisfatórios nas tomadas de decisões do indivíduo na sociedade. O senso comum reproduz posicionamentos do tipo “não guardo dinheiro porque não sei se amanhã estarei vivo” ou “ dinheiro foi feito para gastar”, são fruto de uma ausência de informações sistêmicas adequadas. Entretanto, o uso adequado das finanças pessoais, por meio de ações fomentadas a partir da construção do conhecimento, torna-se um facilitador, tendo em vista, que as propostas de incentivos à educação financeira, a partir das escolas, prioritariamente entre as hipóteses analisadas, pontua justamente a carência de investimentos educacionais em finanças pessoais nas escolas. Sendo assim, políticas públicas de incentivo à educação financeira desde a base escolar, estendendo-se pela vida adulta, são primordiais para se criar uma cultura de gestão financeira no Brasil.
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