QUANDO TRÊS MULHERES PECAM: A TRANSCRIAÇÃO DO SILÊNCIO FEMININO
Resumo
Este trabalho busca fazer uma leitura comparatista de cunho biográfico entre o filme Persona, de Ingmar Bergman (1966) e a crônica Persona, de Clarice Lispector (1968). Nesse sentido, pretende-se ressaltar como o cinema influencia na literatura e na escrita crítica feminina. Desse modo, ensejo realizar uma aproximação de cunho biográfico que vise ressaltar os pontos comuns entre as personagens do filme com a escritora Clarice Lispector. Bem como, valorizar a linguagem cinematográfica e seu diálogo com o objeto literário. Ao que cerne a metodologia teórica abordada, me valerei dos conceitos engendrados por Haroldo de Campos acerca da noção de transcriação, por compreender a importância de seu estudo para a teorização que estou pretendendo tecer. Buscarei responder como Clarice transcria o silêncio de Bergman por meio de sua escrita, ademais, como os dois artistas escrevem suas vidas por meio da transcriação artística utilizando linguagens distintas. Também utilizarei os conceitos propostos por David Bordwel e Kristhin Thompson (2013) e Susan Sontag (1987) para que eu possa trabalhar melhor a importância da construção narrativa cinematográfica em diálogo com a literatura de Lispector. Por fim, me valerei dos conceitos propostos por Silviano Santiago (2011) e por Benedito Nunes (1976), acerca do oficio criativo presente em Clarice e consequentemente no diretor Sueco, para estreitar por meio da linguagem, essa relação entre as personagens mulheres presente em cada obra.
Palavras – chave: Cinema. Literatura. Transcriação. Narrativas.
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