PERCEPÇÃO E IDENTIDADE NO CORPO ARTISTA
Resumo
O tema do ensaio em questão foi desenvolvido inicialmente para a disciplina Linguagem, Identidade e Decolonialidade/PPGEL-UFMS. Nele busca-se compreender conceitos como identidade e corpo e a sua relação com a arte. Entende-se identidade como representação, participante dos sistemas culturais, e não como essência, concordando assim com Tomaz Silva (2014), Néstor Cancline (2005) e Stuart Hall (2005). Os conceitos de corpo e percepção desenvolvidos por Maurice Merleau-Ponty (2011), em sua fenomenologia, são adotados para entender as realizações do corpo nos processos de construção de identidade. Integram esses processos as relações de alteridade com o mundo, com o outro, essenciais para a compreensão do Eu, conforme o filosofo Franklin Leopoldo e Silva (2010). Nas relações mediadas pelo corpo entre o Eu e o outro, entre identidades e diferenças, questões de hierarquia e poder se estruturarão como forma de garantir privilégios dentro das sociedades. Surge aqui o “corpo artista”, termo cunhado pela pesquisadora Christine Greiner (2005), como uma contracultura, em que os artistas, percebendo a dupla função do corpo, de ser para si e ser para o outro (interno/ externo), se utilizarão de seus corpos como uma forma de desestabilizar tais estruturas sociais, consideradas hegemônicas. Para conduzir essa reflexão utilizou-se de revisão bibliográfica, bem como de obras de arte inseridas dentro dos gêneros performance, body art e happenings, em que o corpo se torna inevitável. Como resultado, pôde-se perceber que, em face das relações de identidades e diferenças, a ética surgirá como sendo uma forma essencial para se garantir a diversidade.
Palavras-chave: Corpo. Representação. Arte.
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