“QUEDA LIVRE” DAS EMOÇÕES DE UM FUTURO POSSÍVEL
Resumo
Imagine viver em uma sociedade aparentemente perfeita, na qual os seus concidadãos são felizes e sorridentes. Em tal sociedade, a vivência entre as personagens se dá por meio de notas, que valem de zero a cinco, atribuídas através de seus smartphones, estabelecendo uma hierarquia social, na qual a felicidade é ansiada pela aceitação, em um mundo cercado de tecnologia e inovação. Este é o cenário criado pelo diretor Charlton Brooker de “Queda livre”, primeiro episódio da terceira temporada, da série antológica Black Mirror. O presente trabalho visa analisar a sociedade distópica de um futuro possível, com o objetivo de discutir a representação de um “futuro próximo possível” diante de um mundo plenamente modificado pelas tecnologias. As personagens vivenciam seus dramas psicológicos com relação à tecnologia alinhada às redes sociais, representadas pela narrativa, de modo a prover uma experiência estética de empatia entre a protagonista Lacie e o espectador, que induz a uma catarse, especialmente dos sentimentos de fobia social e ansiedade. O universo digital começou a se expandir gradativamente após a chegada da Web 2.0 e da criação das redes sociais, dando um novo modelo de comunicação, no qual a propagação de dados ocorre instantaneamente. Deste modo, a metodologia do futuro trabalho consiste em pesquisas em livros, sites e artigos acerca do impacto das tecnologias na sociedade, e da representação desta temática presente na narrativa. Iremos nos apoiar em autores como Aristóteles, ao abordar a catarse das emoções de fobia social e ansiedade e Pierry Levy ao analisar o impacto do mundo virtual na sociedade. Interligando tais reflexões e criando uma analogia com “Queda livre”. Transparecendo o efeito da arte interligada com a tecnologia, que é capaz de fazer os espectadores se sentirem parte daquele roteiro, experimentando as sensações da dramaturgia e sentido as emoções dos personagens correrem em suas próprias veias. Contudo, observação deste futuro próximo, provoca a reflexão de até onde iremos para agradar outras pessoas, e como nos tornamos “escravos” emocionalmente da tecnologia, opondo-se aos nossos sentimentos de raiva, tristeza, ódio e entre outros. Destruindo psicologicamente para conquistar notas e curtidas escondendo sua personalidade, o verdadeiro eu.
Palavras-chaves: Representação. Narrativa. Cartase. Tecnologia. Futuro possível.
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