A LIQUIDEZ DE BAUMAN EM EBULIÇÃO NA PANDEMIA: UM ENSAIO SOBRE OS AMORES DE FUMAÇA

Resumo

Em um mundo em constante transformação, Bauman afirmava em seus textos e entrevistas que a única certeza era a incerteza. Nós, mesmos aqueles que não compreendem ou não estudaram sociologia, filosofia, ciências humanas ou sociais, compreendemos o mais simplório dos pensamentos de Bauman, principalmente, a modernidade líquida, relações humanas que escorrem pelos dedos. Com a chegada da pandemia e do isolamento social, essas incertezas se tornaram ainda maiores e o líquido que escorria pela mão, e que, de alguma forma ainda era palpável, toma outra forma. Este ensaio propõe observar o mundo a partir de sua mudança radical junto a pandemia e observar que o mundo líquido de Bauman se tornou, de alguma forma, tão mais rápido e incerto, que podemos dizer que a mudança social trouxe também uma mudança para o pensamento líquido, pois estamos na era da sociedade e dos amores de fumaça, nós vemos, podemos tocar, mas eles se dissipam no ar em milésimos de segundo, e mesmo que não saibamos exatamente para onde vai essa fumaça, a nós não importa, pois ela não está invadindo nossa propriedade privada, nossa vida privada, nos tornamos além de humanos, obsoletos, humanos privados, privativos e, de alguma forma, incapazes de olhar para o outro.

Palavras-chave: Modernidade líquida. Amores de fumaça. Mudança. Zygmunt Bauman.