A INFLUÊNCIA DO CINEMA NA VIDA E OBRA DO DIRETOR DE TEATRO ANTUNES FILHO
Resumo
Ser humano cuja dedicação ao teatro se deu até os últimos dias de vida, o diretor Antunes Filho teve sua história marcada por suas peças premiadas, pela originalidade de seu método e pelo experimentalismo de seu Centro de Pesquisa Teatral (CPT), localizado no Sesc Consolação. Além de sua afeição pelas artes cênicas, Antunes tinha inestimável apreço pela cinematografia desde sua juventude. Em 1951, o diretor – com então 21 anos – já participava do curso de cinema do Centro de Estudos Cinematográficos do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Em 1969, o próprio diretor se empenhou nas filmagens de seu primeiro e único longa-metragem produzido: Compasso de Espera. Interessava a Antunes Filho, não apenas decifrar os mecanismos que permitiam aos diretores e atores de cinema criarem um universo de imagens e emoções, mas, principalmente, encontrar formas de transpor esse aprendizado para as artes do palco. Afora seu trabalho com o elenco do CPT, o diretor também criou o Curso de Introdução ao Método do Ator – mais conhecido como CPTzinho. Tanto em um quanto em outro, obras de cineastas de todas as partes do globo – como, Alexandr Sokurov, Sergei Parajanov, Tsai Ming-Liang, Andrei Tarkovski, entre outros – sempre serviram de referência aos interpretes como um meio de expansão de visões de mundo, de repertório interpretativo-performático, além de fornecer possíveis propostas dramatúrgicas iniciais e fomentar o debate e a discussão teórica sobre a arte, o ser humano e a sociedade. O objetivo deste trabalho é abordar a forte influência do cinema nos processos criativos e formativos de Antunes Filho, procurando apresentar aspectos históricos da vida do diretor em diálogo com depoimentos de ex-integrantes do CPT. A metodologia utilizada no desenvolvimento do trabalho é bibliográfica e analítica. Para fundamentar a pesquisa, foram empreendidas as leituras de importantes estudiosos, como: Milaré (1994; 2010) – principal teórico da obra de Antunes Filho –, Guimarães (1998), Lapera (2012), Batista (2019) e Paula (2014). Ademais, foi utilizada a entrevista de Antunes Filho para o documentário de Amílcar Claro (2002).
Palavras-chave: Antunes Filho. Cinema. Teatro. Arte. Influência.
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