LINGUAGENS SEMIÓTICAS EM HAMLET, DE WILLIAM SHAKESPEARE

Autores

  • Silvana Regina Martins Brixner Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

Pretendemos construir uma leitura semiótica da obra shakespeariana, intitulada Hamlet. Uma obra completa que pode ser profundamente desvelada em  um de seus trechos mais famosos -  o monólogo To be, or not to be (SHAKESPEARE, 1948, p. 266), no qual Hamlet reflete sobre o modo como os homens suportam os males da vida por temerem o que pode existir após a morte.  Nesta obra, veremos que tudo começa e termina na e pela morte. O estudo em análise baseia-se na perspectiva da semiótica discursiva. Para tanto, foram aplicados os elementos do percurso gerativo de sentido, referidos especialmente nas obras de Barros (2001) e Fiorin (2000), considerando os três níveis de sentido propostos pelo instrumental metodológico: o fundamental, o narrativo e o discursivo da abordagem semiótica. Dessa maneira, a orientação das oposições de semas entre os termos vida e morte é a primeira condição para a narratividade, uma vez que as estruturas fundamentais transformam-se em estruturas narrativas e essas se transformam em discurso. A semântica do nível narrativo refere-se aos valores inscritos nos objetos, que são de dois tipos: os modais: o dever, o querer, o saber e o poder fazer; e os de valor, com os quais um destinatário entra em conjunção ou disjunção na performance principal. Ainda, verificamos  os revestimentos do nível discursivo, de temas e figuras, para esses esquemas narrativos, que podem ser agrupados em três percursos temáticos e figurativos. O primeiro é o dos revestimentos para o objeto-valor: poder; o segundo, dos revestimentos para os objetos modais: morte e a sanção negativa: morte; e o terceiro, dos revestimentos para a manipulação. Neste estudo, delineou-se o sentido global da obra, demonstrando como essa teoria da significação pode contribuir para o estabelecimento dos sentidos postos nesse texto, os quais são tão pertinentes para os tempos atuais; portanto, identificaremos os níveis superficiais, intermediários e profundos do texto.

 

Palavras- chave: Literatura Universal. Semiótica Discursiva. Texto.

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Publicado

2021-11-06

Como Citar

Brixner, S. R. M. (2021). LINGUAGENS SEMIÓTICAS EM HAMLET, DE WILLIAM SHAKESPEARE. Cine-Fórum UEMS , 2(2). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/cineforumuems/article/view/7590