O MUNDO DESPEDAÇADO DE OKONKWO: UMA LEITURA DE CHINUA ACHEBE
Resumo
Nos estudos pós-coloniais, a produção de literatura de países africanos, após o período colonial, foi compreendida como uma expressão de resgate de representação fidedigna de um universo histórico, social, linguístico e cultural que não seja mais mediada por uma visão eurocêntrica. Partindo dessa premissa, esse artigo fará uma leitura do romance O mundo se despedaça (1958) escrito dois anos antes da independência da Nigéria pelo escritor Chinua Achebe (1930-2013) com um olhar para os aspectos culturais explícitos na obra, mais precisamente sobre a perspectiva da vivência do protagonista Okonkwo, que sintetiza a existência do povo ibo inerente a um conjunto cultural específico de hábitos sociais e religiosos. A obra do nigeriano Achebe (também descendente do referido povo ibo) é de suma importância para entendermos o período de colonização e o embate ocorrido entre culturas distintas no continente africano. O romancista nos apresenta um diálogo entre História e literatura e leremos como a queda sobre as crenças de um povo é atingida e destruída pelos “brancos” europeus que tem por dominação a hegemonia de uma cultura tida como civilizatória e entendermos como a identidade desse povo foi desfigurada no cerceamento de sua liberdade, crenças e costumes. Para tanto, leremos como Okonkwo, sem perspectivas de retorno, encontra o seu trágico fim no confronto com o colonizador. Para estabelecermos um melhor diálogo com a obra achebiana, utilizaremos como aporte teórico, escritos de Eagleton (2003), William (2020) e Nogueira (2020), entre outros autores.
Palavras-chave: Aspectos culturais. O mundo se despedaça. Okonkwo. Povo ibo. Hegemonia.
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