LITERALIDADE, ESCREVIVÊNCIA E A MEMÓRIA COLETIVA NAS NARRATIVAS DE CONCEIÇÃO EVARISTO: MARCAS DO REAL
Resumo
narrativo de Conceição Evaristo. Tem por objetivo promover uma reflexão sobre o processo de literalidade da obra enquanto instância plurissignificativa no processo de condução de um fazer realístico particular em suas narrativas. A partir das contribuições teóricas de Halbwachs (2006) sobre o conceito de memória coletiva, a pesquisa visa relacionar a escrita da autora em seu processo de escrevivência e literalidade com as instâncias mediadoras do real. Desta feita, o conceito de memória coletiva nos garante perceber nas narrativas ficcionais, mediada pelo tratamento da linguagem utilizada, os matizes representativos do sofrimento e das violências voltadas ao povo negro, sobretudo, das mulheres negras – personagens recorrentes na escrita de Evaristo. Tais aspectos poderão ser percebidos a partir da análise dos contos Olhos d’água, Ana Davenga e Maria e do romance Ponciá Vicêncio, os quais encurtem ao leitor diferentes modos do sentir e apresentam, enquanto temática, elementos voltados à escravidão, tal como subalternidade, violência e consciência. Por meio do olhar analítico decolonial, que compreende a importância do passado, mas o lê sob um olhar euro descentralizado e pelo pensamento de Stuart Hall (2020) no que rege as identidades, o artigo visa explicitar as reflexões dessa fase inicial da pesquisa.
Palavras-chaves: Literalidade. Realismo. Memória Coletiva Representação. Feminino.
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