TY - JOUR AU - Pompiani, Nayara AU - Oliveira, Evelyn Lopes AU - Oliveira, Fúlvia Cristina AU - Almeida, Patrini Rodrigues AU - Santos, Cristiane Meldau PY - 2020/04/01 Y2 - 2024/03/28 TI - PERCEPÇÃO DE BEM-ESTAR E SENCIÊNCIA DE PEIXE PELOS PESCADORES PROFISSIONAIS DAS COLÔNIAS DE PESCA DE AQUIDAUANA E ANASTÁCIO, MS JF - ANAIS DO SEMEX JA - EXT VL - IS - 12 SE - TECNOLOGIA E PRODUÇÃO DO - UR - https://anaisonline.uems.br/index.php/semex/article/view/6873 SP - AB - <p>O conceito de bem-estar animal tem sido aplicado a peixes, com alguma controvérsia ligada à sua capacidade de sofrimento. Os peixes constituem um valioso recurso para os seres humanos e o seu bem-estar tem sido alvo de mudanças crescentes, apesar das lacunas de informação existentes. Com este trabalho o objetivo foi verificar a percepção dos pescadores profissionais de Aquidauana e Anastácio, MS em relação ao bem-estar de peixes. Foi aplicado questionário estruturado para traçar o perfil socioeconômico e levantar informações acerca da percepção dos pescadores em relação ao bem-estar destes animais. Foram entrevistados trinta pescadores, sendo 16 associados da colônia Z-07 e 14 da colônia Z-18. Todos do sexo masculino com idade entre 34 e 55 anos, sendo a maioria com ensino fundamental incompleto e renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos. A pesca, em sua maioria é realizada com molinetes (100%), anzol de galho (90%) e cavalinha (73,3%) e para a maioria ela é praticada pelo menos três vezes por semana. O transporte dos animais pescados até o seu destino é feito em viveiros acoplados à própria embarcação e em recipientes com gelo. Quanto ao zelo dos pescadores em relação às lesões provocadas no momento da pesca, 90% dos entrevistados disseram que tomam cuidado para não machucar os peixes, entretanto, não souberam descrever ações que pudessem mitigar essas lesões nos animais, deixando claro que práticas de bem estar são desconhecidas e/ou não praticadas por eles. A maioria (53,3%) dos entrevistados disseram que o manejo não interfere na qualidade do produto, mas sabem que os peixes sofrem durante a pesca. Os resultados nos mostram que, apesar do contato direto com os peixes, os pescadores não fazem uso do conhecimento acerca do bem estar ou não se atentam ao manejo e abate adequado, pois 50% dos entrevistados já ouviram falar sobre bem-estar, mas 58,6% não sabem que existem leis que asseguram o bem estar animal. Conclui-se que os pescadores profissionais em algum momento já tiveram acesso a informações quanto ao bem-estar animal, porém nem sempre fazem uso de tais diretrizes no momento da pesca.</p> ER -