AÇÃO AFIRMATIVA NA UEMS: A PREPARAÇÃO DE NEGROS E INDÍGENAS PARA A PÓS-GRADUAÇÃO

Resumo

A UEMS,  ao longo de sua história tem se pautado pela democratização e interiorização do ensino superior, sendo a formação de professores sua missão institucional. Foi pioneira ao prever cotas de ingresso para índios e negros em todos os cursos ofertados pela instituição, sendo 10% e 20% respectivamente. Os primeiros cotistas ingressaram em 2004, e desde então o número de negros e indígenas graduados ampliou–se consideravelmente. Outras instituições públicas  e privadas, também, tem formado representantes destes dois segmentos. A instituição graduou até o ano de 2011, 68 jovens indígenas, e 487 negros nas diferentes áreas do conhecimento. A conclusão dos cursos por estes jovens profissionais, representa um salto qualitativo nos resultados da efetividade das ações afirmativas na universidade, pois a cada ano busca-se a melhoria da qualidade do ensino, em uma situação que busca o respeito à diversidade, à cultura trazida por estes, e tendo como  meta a efetivação de processos interculturais.  No entanto, isto ainda não significou um acesso expressivo a cursos de pós-graduação stricto sensu. O projeto “Equidade na pós-graduação: o acesso de populações sub-representadas” em parceria com a UCDB, com financiamento da  Fundação Ford, tem como objetivo preparar indígenas e negros para ampliarem as possibilidades de entrarem em programas de pós-graduação stricto sensu, oferta disciplinas de português acadêmico,  inglês instrumental, metodologia científica e tutoria, com a perspectiva de elaboração de projetos consistentes, e preparo para as diferentes etapas de acesso aos programas de mestrado. Atualmente, 150 graduados estão cursando as disciplinas previstas no projeto.