O PRECEPTOR COMO EDUCADOR, ORIENTADOR E AVALIADOR, NA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO NO FOCO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA, DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UEMS, CAMPO GRANDE/MS

Autores

  • Tânia Gisela Biberg-Salum
  • Vitória Oshiro Orro

Resumo

A formação de preceptores para atender tanto à necessidade de formação profissional adequada aos princípios do SUS quanto às Diretrizes Curriculares Nacionais torna-se de fundamental importância no momento atual.  O desenvolvimento de um projeto como este para os acadêmicos é uma oportunidade de fortalecer a interação ensino, saúde e comunidade (IESC) e o eixo ensino, pesquisa e extensão, no que tange à Gestão do SUS, Atenção Primária, Educação em Saúde e em todos os processos que envolvem a relação entre estes. O objetivo deste projeto foi verificar a percepção dos preceptores da primeira série inscritos no curso de Medicina da UEMS quanto as principais fragilidades e fortalezas no desempenho da preceptoria no Módulo IESC.  O projeto foi realizado na UEMS, no período de Agosto/2016 a Julho/2017, tendo como público-alvo os por profissionais de saúde inscritos no curso de formação de preceptores para graduação que foi ofertado pelo curso de Medicina da UEMS. Foram aplicados questionários que abordavam por meio de perguntas abertas e fechadas as seguintes variáveis: identificação, tempo de serviço no SUS e como preceptor, além de autoavaliação em relação ao seu papel como preceptor, para assim, avaliar a visão do preceptor em relação a inserção do acadêmico da Atenção Primária e a relação estabelecida com seus respectivos preceptores, analisando quanto as fragilidades e fortalezas no desempenho das atividades do Módulo IESC e ao final foi realizada uma proposta de adequação das fragilidades encontradas. Participaram do projeto um total de 10 preceptores de diversas unidades de saúde, sendo 6 mulheres (60%) e 4 homens (40%), tendo formação em odontologia, enfermagem e medicina. Com tempo de preceptoria variando de 18 meses a 8 anos. Foram elencados os seguintes aspectos de fragilidade no desempenho destes profissionais: dificuldade em manter discussões atualizadas com os acadêmicos, realização de avaliações diárias dos acadêmicos, aplicação da avaliação na metodologia do curso de Medicina, pouco tempo disponível para os acadêmicos devido a rotina da unidade, além da dificuldade de avaliar criteriosamente os acadêmicos, levando em consideração a proatividade e estudo dos acadêmicos. Já em relação aos aspectos positivos os fatores elencados foram: receptividade dos preceptores, criatividade, pontualidade, tentativas de relacionar a prática com a teoria e discutir os casos dos pacientes e interação entre o preceptor e os acadêmicos com a equipe da unidade. Os fatores expostos foram avaliados e discutidos em conjunto com estes profissionais, propondo para os mesmos a melhor forma de avaliação dos acadêmicos, explanando sobre a metodologia e formas de avaliação, além de maneiras de contornar as dificuldades encontradas. A relação entre preceptor e educando é um importante instrumento para a descoberta do trabalho coletivo e construção e crescimento de profissionais cada vez mais humanos e completos.

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Publicado

2020-04-01

Como Citar

Biberg-Salum, T. G., & Orro, V. O. (2020). O PRECEPTOR COMO EDUCADOR, ORIENTADOR E AVALIADOR, NA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO NO FOCO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA, DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UEMS, CAMPO GRANDE/MS. ANAIS DO SEMEX, (12). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/semex/article/view/6850

Edição

Seção

SAÚDE