ESCOLA E COMUNIDADE RURAL DE PARANAÍBA/MS: COMPREENDENDO A SUA REALIDADE DIANTE DA TOTALIDADE HISTÓRICA
Resumo
A escola rural, tal como a comunidade rural, antes de ser algo distinto do cotidiano de uma população que, majoritariamente, está em regiões urbanas, compõe, em suas relações, a mesma realidade. É a partir de então que se compreende as relações e contradições que há entre cidade e campo: considerando realidades aparentemente distintas, porém, concretamente integradas numa relação desigual e combinada. Diante disso, como que tais fatos influenciam no cotidiano da escola e comunidade rurais? Neste sentido que caminhamos com nosso objetivo: compreender a escola e a comunidade rural de Paranaíba, a partir do Distrito Raimundo e da Escola Municipal João Chaves dos Santos, em sua totalidade histórica. O que inclui aproximar a observação da universidade para seu contexto, na intenção de obter maiores e melhores condições de analisa-la. Para isso, utilizamos da observação participante que ocorre, por nossa parte, no próprio espaço escolar. Com visitas semanais ao local, além da descrição e acompanhamento das relações sociais na instituição entre escola e comunidade, foram consideradas as devidas problematizações: a relação que se dá entre a escola e a comunidade, tal como a relação que se dá entre a escola rural e a escola na cidade; já que esta última tem uma extensão de seu Ensino Médio no campo. A relação de trabalho que se desenvolve na escola, assim como o seu Projeto Político-Pedagógico, também foram considerados. A aproximação com a escola se deu no desenrolar das poucas atividades que foram desenvolvidas com os alunos, ainda assim, que conseguiram fazer com que criássemos uma organicidade com a escola: a discutir trabalho, questões relacionadas à escola e sua organização e cultura a partir da literatura enquanto parte da realidade concreta. Do que foi observado, pode se perceber, a partir de suas contradições, as dificuldades que tem a escola rural: a realidade da divisão social do trabalho que influencia em seu trabalho pedagógico e didático, tal como o estranhamento e a alienação de sua própria realidade social. Diante disso que nos fica a questão: como trabalhar em cima disso?