POLÍTICAS DE PREVENÇÃO AO ABUSO E A EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTO-JUVENIL
Resumo
O presente trabalho têm por finalidade a prevenção aos casos de abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes, através da promoção de diálogos com alunos da educação básica e fundamental. Os casos de abuso sexual acontecem, na maioria dos casos, dentro do lar da criança o que ocasiona uma grande dificuldade para a vítima em comunicar o crime. Desse modo, é imprescindível que, desde as idades iniciais, as crianças tenham acesso à informações a respeito dos limites do seu corpo; do seu direito de dizer “sim” ou “não”, e da importância do diálogo nas relações interpessoais. É importante salientar que é responsabilidade de toda a sociedade zelar pelo desenvolvimento seguro das crianças e adolescentes. Para a efetivação do projeto foram realizados encontros mensais com alunos da educação básica e do ensino médio, de duas escolas públicas. Com os alunos da educação básica, com faixa etária de cinco a seis anos, foram realizados diálogos a respeito da importância de que a criança conheça seu corpo e saiba identificar quando um toque ou carícia em seu corpo se trata de um abuso. Os diálogos se realizaram de forma leve e dinâmica, de modo a respeitar a capacidade cognitiva das crianças e garantir uma absorção efetiva das informações passadas. Foram utilizadas ferramentas como vídeos e ilustrações, para que as conversas se tornassem mais atrativas e houvesse, de fato, uma boa contribuição para o aprendizado acerca da temática Nas turmas de ensino médio, os diálogos também foram realizados com alunos do 1° ano do ensino médio. Devido a complexidade do assunto, os debates acabaram por abranger outras temáticas ligadas ao tema do abuso sexual como, por exemplo, a violência de forma geral, a desigualdade entre gêneros, os relacionamentos abusivos na adolescência, dentre outras problemáticas tocantes ao tema violência sexual. Além disso, foi realizada também uma palestra direcionada aos professores e profissionais da educação, ministrada pela delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Doutora Eva Maira Cogo, com o intuito de conscientizar esses profissionais acerca da importância da escola no processo de acolhimento da criança vítima de abuso, além do preparo e atenção necessários para a identificação desses casos. A metodologia utilizada foi a dedutiva, partindo do geral para o específico, a partir da utilização do método materialista histórico dialético como base para leituras e interpretações. Como material foi utilizada a bibliografia nacional e internacional, a rede mundial de computadores.