O ENSINO DE CINÉTICA QUÍMICA NA FORMA EXPERIMENTAL
Resumo
Neste trabalho, propôs-se uma aula experimental de Cinética Química e os fatores que influenciam na velocidade das reações em turmas do Ensino Médio de duas escolas públicas do estado de Mato Grosso do Sul. A maneira como a Química vem sendo abordada nas escolas pode ter contribuído para a difusão de concepções distorcidas dessa ciência, sendo que os conceitos são apresentados de forma puramente teórica, tornando o estudo entediante para a maioria dos alunos, como algo que deve ser memorizado e que não se aplica a vida cotidiana. A experimentação aliada a uma boa explicação pode tornar estes conteúdos tão abstratos em algo mais visual, contribuindo para o aprendizado dos alunos. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi usar experimentos para gerar uma melhor compreensão dos conteúdos aplicados em sala de aula, relacionando teoria e prática e despertar nestes alunos o interesse pelo estudo das ciências, mais especificamente a Química, com experimentos baseados nos conceitos da Cinética Química. Inicialmente buscou-se experimentos com um certo apelo visual, pois aumentariam a curiosidade dos alunos. Nos encontros, a aula foi iniciada com uma breve teoria em formato de Power Point que foi apresentada para relembrar os conceitos de Cinética Química, os fatores que podem influenciar na velocidade das reações e como tudo isso está relacionado ao dia a dia dos mesmos. Logo após foram realizados os experimentos: decomposição da água oxigenada, reação de Landolt e fazendo fogo com comprimidos, que abordam conceitos sobre como a concentração, temperatura, superfície de contato e catalisadores influenciam na velocidade de uma reação química. Os alunos utilizaram um roteiro dos experimentos para execução e a todo o momento tinham o auxílio das acadêmicas para a realização da prática. A experimentação científica não deve funcionar apenas no sentido da confirmação da teoria estudada, mas também, no sentido da retificação dos erros contidos nessas teorias, e assim despertar nos alunos envolvidos a criticidade. Notamos ao fim do projeto um resultado positivo, visto que alcançamos os objetivos propostos no início, com uma boa aceitação dos alunos, que puderam compreender melhor as reações, obtendo uma visão mais científica nesta área. Os mesmos ao fim do trabalho também tiveram a oportunidade de visitar os laboratórios dos cursos de graduação da UEMS, unidade de Dourados, em uma visita técnica organizada pelos bolsistas participantes do projeto, realizando alguns experimentos nos laboratórios da Universidade e conhecendo os cursos que a UEMS oferece em todas as suas unidades.