ALTERNATIVA NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS, PRINCIPALMENTE NO PERÍODO SECO COM BANCO DE PROTEÍNAS COM E SEM IRRIGAÇÃO

Autores

  • Ítalo Bazzo Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS Unidade Universitária de Cassilândia, MS

Resumo

O trabalho fala da importância e utilidade de bancos de proteína com feijão guandu (Cajanus Cajan) e estilosantes (Stylosanthes guianensis), que tem como objetivo interagir os universitários da universidade com produtores rurais da região e transmitir os resultados obtidos a campo, além de divulgações e acompanhamento dos bancos de proteínas implantado em campo com sistema e sem sistema de irrigação para avaliar dados produtivos e benefícios das leguminosas no sistema de produção pecuário da região.

Biografia do Autor

Ítalo Bazzo Oliveira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS Unidade Universitária de Cassilândia, MS

A degradação das pastagens é um dos maiores problemas para pecuária do Brasil. Estima-se que 80% do total das áreas de pastagens cultivadas do Brasil, encontram-se em algum estádio de degradação. É um processo evolutivo de perda de vigor e produtividade forrageira, com o mínimo de recuperação natural, que afeta a produção e o desempenho animal e culmina com a degradação do solo e dos recursos naturais em função de manejos inadequados, por isso a degradação precisa ser revertida para garantir a produtividade e a viabilidade econômica da pecuária (Macedo et al., 2000).As pastagens tropicais de gramíneas apresentam um alto potencial de produção, mas seu valor nutritivo cai rapidamente com a maturidade, limitando a produção do rebanho, notadamente no período seco do ano. Uma das opções para minimizar esse problema é o uso de leguminosas forrageiras como leucena (Leucaena leucocephala), estilosantes (Stylosanthes guianensis) e o guandu (Cajanus cajan) que, além de retirarem do ar o nitrogênio de que necessitam, produzem, em relação às gramíneas, forragem de melhor valor nutritivo. Pequena porcentagem de leguminosas na dieta dos animais, no período seco do ano, mantém bons níveis de atividade ruminal e aumenta a ingestão de gramíneas fibrosas (Minson & Milford, 1976).A produtividade da forragem do feijão guandu é considerada elevada, pode chegar a 12 toneladas por hectare ano. Possui alto valor nutritivo para o gado de leite e/ou corte, sendo sua farinha excelente para a suplementação de suínos e aves. As folhas e ramos finos apresentam teores de proteína bruta entre 16 e 20%, enquanto que a digestibilidade da matéria seca pode variar de 50 a 65%. Os ganhos de peso estão em torno de 500 a 800 g/animal/dia e entre 400 a 700 kg/ha/ano, respectivamente para os períodos chuvosos e secos. E os estilosantes são uma forrageira rica em proteína e executa uma função importante de transformar o nitrogênio encontrado na atmosfera e fixá-lo biologicamente no solo. Assim, reduz os investimentos em insumos agrícolas, contribuindo para a redução dos impactos ambientais. O estilosantes Campo Grande apresenta, ainda, grande adaptação a solos arenosos e de baixa fertilidade; boa capacidade de persistência em consorciação com Brachiaria decumbens; boa digestibilidade, possibilitando maior ganho de peso nos animais (Embrapa, 2000).Afirma-se que quanto mais grossa for a textura do solo tanto maior será a vantagem da irrigação por aspersão em relação à irrigação por superfície, pois solos arenosos e franco-arenosos possuem grande capacidade de infiltração e pequena capacidade de retenção de água. Isto faz com que nesses solos haja grande perda de água por percolação (drenagem profunda) quando forem utilizados sistemas de irrigação por superfície. Por apresentarem baixa capacidade de retenção de água, esses solos requerem irrigação freqüente e pequena lâmina d’água (Bernardo et al., 2006).O trabalho realizado tem como objetivo implantar a campo variedades de feijão guandu e estilosantes como banco de proteínas, para divulgação dos trabalhos realizados para os estudantes da universidade e aos produtores rurais da região, falando da importância e benefícios dos bancos de proteínas com e sem irrigação no aumento da produtividade de bovinos,  principalmente no período seco.

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Publicado

2015-04-07

Como Citar

Oliveira, Ítalo B. (2015). ALTERNATIVA NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS, PRINCIPALMENTE NO PERÍODO SECO COM BANCO DE PROTEÍNAS COM E SEM IRRIGAÇÃO. ANAIS DO SEMEX, 5(5). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/semex/article/view/519

Edição

Seção

MEIO AMBIENTE