EPIDEMIOLOGIA DA SÍFILIS EM GESTANTE EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DO SUL DE MATO GROSSO DO SUL

Autores

  • Welington da Silva Alves
  • Roberto D. Oliveira

Resumo

A sífilis em gestante, tem se caracterizado como um problema de saúde no Brasil, a partir dos anos 90. Apesar da maior acessibilidade das gestantes aos métodos diagnósticos e aos serviços de saúde, observa-se aumento da prevalência deste agravo. Foi utilizado dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e IPeD-APAE (instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnóstico da APAE). Foram incluídos na pesquisa 69 casos de sífilis em gestante, que residentes em Dourados/MS, notificados em 2014. Para a prevalência utilizou-se como numerador o total de testes reagentes de sífilis e, como denominador o total de gestantes que realizaram o teste. Na subnotificação foi utilizada a equação: número de gestantes no banco de dados SINAN e com teste reagente na base de dados do IPeD-APAE, dividido pelo total de gestantes com teste reagente. Verificou-se uma concentração de casos na faixa etária de 25 a 34 anos (mulheres em idade fértil); 47,83% das mulheres tinham o ensino fundamental incompleto. Observa-se uma discreta concentração na reserva indígena 6,15%, provavelmente relacionada com à extensão territorial e o maior número de mulheres em idade fértil nessa localidade. Cerca de 11,59% dos casos foram classificados com sífilis primária, ao passo que mais da metade dos casos 66,67% este dado estava preenchido como ignorado. Vários fatores explicam esse dado, desde desconhecimento do profissional no preenchimento da notificação até o despreparo no manejo dos casos de sífilis em gestante. O esquema de tratamento prescrito, em 43,48% dos casos foi penicilina G benzatina 7.200.000UI em 3 doses, indicado para sífilis terciária ou sífilis latente tardia. Foram encontrados 1,6% de prevalência, número baixo em relação as pesquisas mais recentes. Quanto a subnotificação foi encontrado a taxa de 45,83% onde subtraída por 100% totaliza 54,17% de subnotificação, ou seja metade dos casos de sífilis em gestante na cidade de Dourados não estão sendo notificados. A pesquisa delineou o perfil da gestante com sífilis, e constatou questões voltadas ao atendimento clinico da gestante, bem como a operacionalização do sistema de informação. Os dados secundários utilizados impossibilitam maiores inferências devido o viés de informação inerente a esta metodologia.

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Publicado

2016-08-09

Como Citar

Alves, W. da S., & Oliveira, R. D. (2016). EPIDEMIOLOGIA DA SÍFILIS EM GESTANTE EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DO SUL DE MATO GROSSO DO SUL. ANAIS DO SEMEX, (8). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/semex/article/view/3202

Edição

Seção

SAÚDE