MAIS INOVAÇÃO NAS FAZENDAS CURITIBA, SÃO JUDAS TADEU E TOSCANA: ANASTÁCIO-MS

Resumo

Estima-se que 80% das pastagens cultivadas do Brasil Central encontram-se degradadas. Este projeto teve como objetivo recuperar áreas degradadas com inovação tecnológica, visando o aumento de produção, da produtividade e do retorno financeiro aos produtores rurais em Anastácio, MS, com o propósito ainda de transmitir aos produtores os conceitos, normas, procedimentos, práticas e bases legais para a produção sustentável. O projeto foi desenvolvido nas fazendas Curitiba, Toscana e São Judas Tadeu. Inicialmente foram realizados os diagnósticos, envolvendo: coleta de solo; medição da área; avaliação visual, e; levantamento de informações gerais da propriedade. Posteriormente, os técnicos do SENAR elaboraram um projeto de implantação da nova tecnologia. Na fazenda Curitiba, a área para o projeto possuía 101 ha, formados há 10 anos com o capim bem estabelecido mas com incidências de grama Mato Grosso. O proprietário optou em realizar: adubação de cobertura fosfatada, calagem e limpeza dos pastos. Com a adubação de cobertura e a lotação animal correta, o produtor terá redução nos custos de produção, com a redução dos gastos com suplementação. A pastagem começou a reagir no início de fevereiro devido às chuvas. Realizou-se um pastejo rápido com 76 animais, seguida de adubação nitrogenada e a vedação do pasto. O outro pastejo recomendado não foi efetuado. Por isto, a pastagem acabou sementando e perdendo qualidade. A disponibilidade de MS de pasto da área reformada nesta fazenda aumentou cerca de 50%, enquanto a composição do pasto mostrou aumento de 0,63% de PB, e de 0,19% de EE, além de 2,66% tanto nos teores de FDNcp, quanto de lignina, possivelmente pelo sementeamento da pastagem, que aumentou a quantidade de fibra da mesma. Na fazenda Toscana, o proprietário não implantou as tecnologias recomendadas pelos técnicos do SENAR. Na Fazenda São Judas, a área foi de 45 ha e foi recomendada a reforma geral, reconstrução dos terraços, limpeza das pastagens, controle de pragas e divisão da área em dois piquetes: um de 25 ha, consorciando P. maximum cv. Mombaça e Milheto e outro de 20 ha com B. brizantha cv. Piatã. O plantio encerrou-se em novembro, iniciando-se a germinação em dezembro. No início de fevereiro iniciou-se a colheita e ensilagem do milheto, após o que se iniciou o pastejo na área com cem animais leves por pouco tempo. Realizou-se, então adubação de cobertura nitrogenada, e colocou-se animais de desmama no piquete. A disponibilidade de MS deste pasto mostrou um aumento de 55,6%. De forma semelhante à primeira fazenda, houve um aumento de 2,22% no teor de PB e de 0,13% no de EE, enquanto os teores de FDNcp e lignina foram reduzidos em 18,7 e 5,4%. Os resultados comprovaram a eficiência das novas tecnologias na melhoria os pastos disponíveis nas condições de produção nas fazendas.