A PRESENÇA DE ACADÊMICOS INDÍGENAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UEMS/DOURADOS
Resumo
Este estudo analisou a presença dos acadêmicos indígenas no curso de licenciatura em Química, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), contribuindo para a discussão das causas de evasão as motivações de abandono do curso, as expectativas que havia no período de ingresso, as disciplinas que mais contribuíram para a evasão/abandono do curso, realização de entrevistas com docentes do curso, suas explicações e entendimentos sobre este processo em relação aos discentes indígenas. Estudos sobre a evasão de acadêmicos indígenas apontam para uma multiplicidade de fatores que influenciam para esta decisão. No curso de Licenciatura em Química, 15 (quinze) acadêmicos indígenas foram matriculados, entre os anos de 2006 a 2013, e destes somente dois continuam a graduação. A pesquisa foi desenvolvida a partir da abordagem qualitativa e quantitativa, através de análise das atas finais de resultados pela plataforma R, questionário semiestruturado, com perguntas abertas e fechadas aplicadas aos alunos indígenas evadidos e não evadidos do Curso de Química, da UEMS matriculados entre os anos de 2006 até 2013. Foi entrevistados quatro acadêmicos indígenas do curso. Identificou-se que estes têm um baixo desempenho no núcleo de matérias específicas, mas semelhante aos demais estudantes da turma, nos núcleos básico e pedagógico. Segundo os alunos entrevistados, a baixa qualidade do ensino médio é um dos fatores mais importantes para que o desempenho no Ensino Superior seja um pouco abaixo da média dos demais colegas de turma. De modo geral, os resultados mostram que a permanência no sistema de Ensino Superior é o principal desafio dos envolvidos, e a continuidade de estudos que busquem compreender os fatores que resultam em evasão/desistência poderá contribuir para que o curso promova ações para que os indígenas tenham sucesso acadêmico e concluam a graduação.