A INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE PEQUENAS PROPRIEDADES DE LEITE

Resumo

O objetivo do trabalho foi aumentar a eficiência reprodutiva e produtiva do rebanho leiteiro por meio da implantação de programas de inseminação artificial ao longo do ano. Os dados apresentados referem-se a uma das propriedades assistidas pelo Programa Rio de Leite e que tem sido modelo, por se adequar às recomendações do Programa. No início do projeto a propriedade contava com 29 fêmeas da raça Girolando em idade reprodutiva, das quais eram vacas lactantes não gestantes 72,41 % (21/29), vacas lactantes gestantes 13,79 % (4/29), vacas secas não gestanteS 3,44 % (1/29) e as vacas secas gestantes 10,34 % (3/29). Ao longo do ano foram realizadas 3 programas de Inseminação Artificial Tempo Fixo (IATF). Os Protocolo de IATF iniciaram-se em um dia aleatório do ciclo estral dos animais (D0), com a inserção de um dispositivo intravaginal de progesterona-P4 (CIDR1,9g) e aplicação de 2,0 mg im de benzoato de estradiol (BE;Gonadiol; Zoetis). No D7 foram aplicados 0,5 mg IM de dinoprost trometamina (PGF; Lutalyse). No D9 o dispositivo intravaginal foi retirado e foram aplicados: 0,5 mg IM Cipionato de estradiol (ECP;), 200 UI de eCG (Novormon) e 0,5 mg IM de dinoprost trometamina (PGF; Lutalyse). As inseminações foram efetuadas 48 horas depois de retirado o dispositivo P4. O diagnóstico de gestação foi realizado por ultrassonografia 90 dias depois de realizado IATF. Após 10 meses de trabalho foi possível alcançar a seguinte situação: As vacas lactantes não gestantes passaram para 17,2% (5/29), e vacas lactantes gestantes 34,48% (10/29), vacas secas não gestantes apresentaram 0%, o que é desejado no rebanho, e as vacas secas gestantes 48,2% (14/29). Conclui-se que, uma boa programação de inseminação durante o ano, assegura vacas parindo e produzindo leite o ano todo na propriedade, gerando um equilíbrio econômico para o produtor.