PERSPECTIVAS TEÓRICAS NA CRÍTICA LITERÁRIA DE MARIA DA GLÓRIA SÁ ROSA

Autores

  • Cleonice da Costa Godinho UEMS
  • Daniel Abrão UEMS

Palavras-chave:

Maria da Glória Sá Rosa, Crítica Literária, Literatura Sul-Mato-Grossense, Teorias Literárias

Resumo

A pesquisa intitulada “Perspectivas teóricas na Crítica Literária de Maria da Glória Sá Rosa” que faz parte de minha dissertação, em andamento, pretende apresentar a descrição das obras da escritora Maria da Glória Sá Rosa, como também quais autores e bases teóricas a autora abordou em seus textos e em suas organizações de livros, assim como investigar quais as abordagens da autora sobre a literatura sul-mato-grossense. A relevância desta pesquisa se dá pelo aspecto inédito em relação a Glorinha, que apesar de ter contribuído tanto pela educação e cultura do estado, sua fortuna crítica é bem escassa. Trazer ao conhecimento pessoas como Glorinha é um resgate da memória e da cultura sul-mato-grossense. A pesquisa será abordada primordialmente de forma descritiva, por meios de fontes bibliográficas primárias, até porque, como já foi dito, a fortuna crítica de Maria da Glória é muito pequena, bem pouco conhecida e estudada. Tomaremos como norte teórico algumas correntes críticas literárias que permeiam a escrita de Glorinha que se dá de forma apresentativa, sem linha específica, mas com proximidade aos movimentos do Formalismo Russo e a Nova Crítica. Outras linhas teóricas que servirão de base para o estudo são a Estética da Recepção e a Crítica Cultural. Alguns dos teóricos abordados serão Vitor Manuel de Aguiar e Silva; Costa Lima; Regina Zilberman; Maria Elisa Cevasco e Stuart Hall. Sobre a Corrente Literária Nova Crítica, conhecida como uma crítica intrínseca, foi um movimento da segunda onda do Formalismo Russo e seu principal pensador é Benedetto Croce. O movimento queria construir uma nova teoria crítica, uma nova forma de abordar a literatura, uma nova estética que ia contra a concepção de que era necessário estudar a teoria crítica com métodos científicos. O objeto de análise dessa teoria era o texto em sua forma e a linguagem literária dependia da conotação, da sugestão da palavra. Diferente da Nova Crítica, a Teoria da Recepção tem seu enfoque no leitor e seus teóricos compartilhavam de duas crenças: que o papel do leitor não pode ser omitido de nosso entendimento da literatura; e que os leitores não consomem passivamente o significado que lhes é apresentado por um texto literário. A Crítica Cultural, teoria que também será trabalhada nesta pesquisa pela grande participação de Glorinha na cultura do estado de Mato Grosso do Sul, terá como um dos teóricos Stuart Hall, que apresenta o conceito do que denomina "identidades culturais" como aspectos de nossas identidades que surgem de nosso "pertencimento" a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais. Dessa forma, sabendo que a população sul-mato-grossense é formada em sua grande parte por migrantes brasileiros e estrangeiros que encontraram no cenário pantaneiro seu lugar de pertencimento e construíram sua história e identidade, o papel da Literatura é essencial para essa composição. A escritora Maria da Glória teve grande relevância nesse processo de compreensão das representações do Estado de Mato Grosso do Sul, pois entre suas obras constam memórias e relatos de fundadores do Estado. 

Referências

CEVASCO, Maria Elisa. Dez lições sobre estudos culturais. 2.ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2012.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 12.ed. Rio de Janeiro, RJ, 2015.

LIMA, Luiz Costa. Teoria da literatura em suas fontes. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.

SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da literatura. Livraria Martins Fontes: São Paulo, 1976.

ZILBERMAN, Regina. Estética da recepção e história da literatura. São Paulo: Ática, 1989.

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Publicado

2022-07-04

Como Citar

Godinho, C. da C. ., & Abrão, D. (2022). PERSPECTIVAS TEÓRICAS NA CRÍTICA LITERÁRIA DE MARIA DA GLÓRIA SÁ ROSA. CADERNOS DO SEDIA - Seminário De Dissertações Em Andamento, 4(1). Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/sedia/article/view/8141