REPRESENTAÇÕES DE ADOLESCENTES (IN)FAMES E DE DIRETORES DA UNEI-MS: INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?
Resumo
Objetivamos interpretar representações de adolescentes autores de atos infracionais e de diretores nas Unidades Educacionais de Internação (UNEI) no Mato Grosso do Sul, a partir de questionários e entrevistas, pressupondo que os discursos destes adolescentes e diretores são marcados pelas condições de produção, ausência da família e pela exclusão como forma de representar-se e representar o outro. Os pressupostos teóricos são fundamentados na Análise do Discurso, a partir de Orlandi (2003), Foucault (1998, 2004) ao discutirem que o sujeito não é imanente, mas tal como existe socialmente, interpelado por formações discursivas. Os resultados indicam que há incorporação de vozes do outro nos textos escritos, como se fosse dos segregados, dos excluídos representando a si e ao outro como marginalizados. Verificamos ainda que os adolescentes representam-se em diferentes lugares sociais, revelam seus anseios e desejos que se misturam com outras vozes, como a da Instituição UNEI, do Diretor, do Professor, que passam a compor o ser e o fazer desses adolescentes.
Palavras-chave: Análise do Discurso. Adolescentes/Diretores. Exclusão.