SER FEMINISTA EM DOURADOS-MS: SENTIDOS QUE CIRCULAM NAS PRÁTICAS DISCURSIVAS
Palavras-chave:
Feminismo, Mulheres, Construcionismo Social, Psicologia Comunitária.Resumo
Este artigo se insere no âmbito da pesquisa “Os Sentidos de 'Comunidade' e as Metodologias de Trabalho Social” do curso de Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados, realizada no período de agosto de 2014 a julho de 2015, período o qual estávamos inseridos no Programa Institucional Voluntário de Iniciação Cientifica (PIVIC). A pesquisa se alinha aos estudos da Psicologia Social Comunitária que pressupõe que toda psicologia não é una e singular, mas produzem e são produzidas por distintas práticas discursivas. O artigo busca compreender os sentidos de “feminismos” atribuídos por mulheres que se consideram feministas da Região da Grande Dourados, além dos sentidos presentes em documentos públicos, literatura feminista e nos meios de comunicação virtuais, como o facebook. Para tal feito utilizamos como ferramenta de pesquisa a “Oficina de Sentidos” em que se problematizaram os sentidos de pertencimento a essa comunidade, assim como as estratégias de enfrentamento aos seus preconceitos e discriminações por meio das vivências das participantes relatadas na oficina. Por meio da pesquisa poderemos entender que o feminismo para essas mulheres tem o poder de libertação, porém essa libertação se dá por um processo bastante doloroso. Perceberemos ainda uma forte presença do discurso antifeminista e a polissemia de sentidos do feminismo. Os dados e bibliografias levantadas nesse artigo poderão servir como um ponto de partida para o fomento de pesquisas direcionadas à essa problemática, e também na construção de metodologias de intervenção dentro do campo da Psicologia Social Comunitária. Logo, esperamos que esse texto possa contribuir com a construção de espaços geradores de maior autonomia, solidariedade e transformação social em nossa sociedade, particularmente das relações desiguais de gênero.