CONJUNTIVALIZAÇÃO OFTÁLMICA EM STEVENS-JOHNSON: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Vinícius de Lima Montello Jardim Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Nathan Cândido Teixeira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Maria Eduarda de Souza Rodrigues Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Luiz Fernando Taranta Martin Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Síndrome de Stevens-Johnson, Oftalmologia, Catarata

Resumo

Introdução: A Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) é uma farmacodermia causada por uma reação de hipersensibilidade HLA-mediada  gerando erupções eritematosas na derme, em resposta a medicamentos ou antígenos. Possui mortalidade altíssima, de 15 a 20% Envolve múltiplos sistemas, como dermatologia, imunologia e oftalmologia. Uma das principais consequências dessa farmacodermia é o risco de conjuntivalização ocular e catarata, causando risco de cegueira  (MARKS et al., 2023). Objetivo: Apresentar relato de caso acerca das repercussões oftalmológicas da Síndrome de Stevens-Johnson. Descrição do Caso: Paciente masculino, 71 anos, deu entrada em serviço de oftalmologia com queixa de redução da acuidade visual. Diagnosticado com catarata extracapsular ocasionado por conjuntivalização da córnea após episódio de SJS, e diagnóstico secundário de glaucoma. Procedeu a tratamento cirúrgico e implante de lente tipo Xtrafocus Discussão: A Síndrome de Stevens Johnson é hoje considerada um continuum de acometimento com a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), em que abaixo de 10% da superfície corporal acometida é classificada como SJS, acima de 30% como NET,  e entre 10 e 30%, um misto dos dois. A fase aguda da doença dura de duas a seis semanas, mas ainda assim a doença é crônica e pode recidivar, causando relevante impacto social (pela alta mortalidade e altíssimo risco de cegueira) como econômico (uma vez que costuma atingir pacientes em idade produtiva). Vale destacar que o acometimento ocular é um dos mais comuns, com 60% dos pacientes relatando problemas visuais no longo prazo (MARCIEL DOURADO FRANCA et al., 2009). Há a suspeita de que genes que regulam a produção de tecido conjuntivo (particularmente as metaloproteinases da matriz intercelular) influenciam a susceptibilidade de cada paciente ao envolvimento ocular na SJS. Conclusão: Com este relato, a LAOF-UFMS (CG) objetiva apresentar um caso de SJS que conecta a oftalmologia com outras especialidades médicas, conscientização profissionais de saúde sobre a importância de um enfrentamento rápido e preciso para evitar falecimento ou posteriores sequelas.

Biografia do Autor

Vinícius de Lima Montello Jardim, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Autor, Medicina, Faculdade de Medicina/UFMS;

Nathan Cândido Teixeira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Coautor, Medicina, Faculdade de Medicina/UFMS;

Maria Eduarda de Souza Rodrigues, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Coautor, Medicina, Faculdade de Medicina/UFMS;

Luiz Fernando Taranta Martin, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Orientador, Docente do Curso de Medicina, Faculdade de Medicina/UFMS.

Referências

MARKS, M. et al. Updates in SJS/TEN: collaboration, innovation, and community. Frontiers in Medicine, v. 10, 11 out. 2023.

MARCIEL DOURADO FRANCA et al. Estudo dos achados oculares na síndrome de Stevens-Johnson em pacientes de centro de referência de atendimento terciário. Arquivos Brasileiros De Oftalmologia, v. 72, n. 3, p. 370–374, 1 jun. 2009.

JAIN, R. et al. Stevens-Johnson syndrome: The role of an ophthalmologist. v. 61, n. 4, p. 369–399, 1 jul. 2016.

Publicado

2024-07-25

Como Citar

Jardim, V. de L. M., Teixeira, N. C., Rodrigues, M. E. de S., & Martin, L. F. T. (2024). CONJUNTIVALIZAÇÃO OFTÁLMICA EM STEVENS-JOHNSON: UM RELATO DE CASO. ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9741

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