USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO MANEJO DA SEPSE

Autores

  • Giovana Moreira de Morais Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Lorraine Malafaia Da Conceição Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Sepse, Inteligência Artificial, Ciência de Dados

Resumo

Introdução: A sepse é uma das principais causas de morbimortalidade humana e, quando não tratada, pode evoluir com choque séptico, falência múltipla dos órgãos e até a morte. A implementação da inteligência artificial (IA) nos hospitais tem se mostrado inovadora e promissora no controle da sepse. Objetivo: investigar o uso da inteligência artificial no manejo da sepse no contexto hospitalar. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, através da coleta de dados em janeiro de 2024 na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir da busca dos descritores “sepsis”, “sepse”, “inteligência artificial”, “artificial intelligence” e os operadores booleanos OR e AND. Como critério de inclusão: artigos nos idiomas inglês e português, publicados nos últimos 2 anos. Foram excluídas revisões de literatura, dissertações e relatos de caso. Após aplicação dos filtros, encontraram-se 16 artigos, selecionaram-se 2 que mais correspondiam com a temática proposta. Discussão: Ao utilizar dados de pacientes previamente internados contendo parâmetros fisiológicos e colocá-los em sistema de IA, foi possível ter uma previsão do status de risco do paciente e da estratégia de tratamento a longo prazo. Quando comparado aos registros reais, nota-se que a mortalidade é mais baixa quando o tratamento implementado é o mesmo que o recomendado pela IA, além de captar com precisão a tendência de deterioração do paciente, e avaliar razoavelmente o status de risco e os planos de tratamento de um paciente em um estágio inicial. Já em testes pilotos, os alertas de melhores práticas (BPAs), implementados em um hospital, podiam informar ao médico o risco de sepse do paciente quando pedidos ou notas eram inseridas, ou disponibilizar para o enfermeiro um conjunto de perguntas de triagem que questionavam marcadores clínicos comuns de sepse. Essas ferramentas de apoio à decisão clínica, em conjunto com o algoritmo preditivo para detecção de sepse, demonstraram um nível mais alto de interação da equipe e um índice maior de ação subsequente do que alertas usuais. Conclusão: Sistemas de IA podem ser extremamente úteis na prática clínica para prevenir, tratar e reduzir a mortalidade da sepse, além de melhorar a interação da equipe no segmento com o paciente.

Biografia do Autor

Giovana Moreira de Morais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Autor, Medicina, UEMS;

Lorraine Malafaia Da Conceição, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Orientador, Docente do Curso de Medicina, UEMS.

Referências

FIXLER, A. et al. Alert to Action: Implementing Artificial Intelligence–Driven Clinical Decision Support Tools for Sepsis. Ochsner Journal, v. 23, n. 1, p. 52-57, 2023.

ZHANG, Q. et al. Artificial intelligence can use physiological parameters to optimize treatment strategies and predict clinical deterioration of sepsis in ICU. Physiological Measurement, v. 44, n. 1, p. 015003, 2023.

WEI, Q.; XIU, G. Research progress on application of artificial intelligence in early diagnosis and prediction of sepsis. Zhonghua wei Zhong Bing ji jiu yi xue, v. 34, n. 11, p. 1218-1221, 2022.

Publicado

2024-07-25

Como Citar

Morais, G. M. de, & Conceição, L. M. D. (2024). USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO MANEJO DA SEPSE . ANAIS DO III JORMED, 1. Recuperado de https://anaisonline.uems.br/index.php/jormed/article/view/9737